Cresceu em mais de 3.540% o número de segurados que se licenciaram do trabalho e receberam auxílio-doença
No
Piauí, em dez anos, cresceu em mais de 3.540% o número de segurados que
se licenciaram do trabalho e receberam auxílio-doença por causa do
consumo de substâncias químicas proibidas, principalmente crack e
cocaína e outros psicotrópicos.
De acordo com os dados do INSS, em 2003
dois segurados receberam auxílio-doença por consumo de drogas no Estado.
Em 2012 esse número chegou a 562. No ano passado subiu para 615 e
somente nos primeiros quatro meses de 2014 já foi concedido o mesmo
benefício a 101 segurados, totalizando, em dez anos, o número de 916
beneficiados com auxílio doença da Previdência Social. Para pagar todos
esses benefícios o INSS gastou mais de R$ 25 milhões. A maioria dos
benefícios corresponde a um salário mínimo.
O gerente executivo do INSS em Teresina,
Carlos Augusto Viana, revela que no INSS há uma grande preocupação com o
aumento do número de segurados que se afastam do trabalho ou até mesmo
perdem o emprego por conta do consumo de drogas, principalmente a
cocaína e o crack.
“Os que se afastam temporariamente para
tratamento conseguem auxílio-doença. Os que perdem o emprego, vão
sobreviver por alguns meses com o seguro-desemprego. Mas em ambos os
casos, acabam refletindo em prejuízos para eles, suas famílias e para o
poder público como um todo, já que vão onerar os gastos com saúde,
previdência, segurança e assistência social. Por isso, aumento no número
de auxílios-doença concedidos pelo uso de drogas ilícitas deve servir
de alerta para todos os cidadãos e gestores públicos.”, explica Carlos
Viana.
Fonte: Portal Odia