Andressa contou ao EGO que foi mantida em apartamento por três pessoas e diz ter sido salva pela ‘voz de Deus’.
Andressa Urach em ensaio de peça em São Paulo (Foto: Alessandra Gerzoschkowitz/ EGO)
“Foi uma coisa tão forte, tão pesada, que envolve tantas coisas, que acabei nem indo na delegacia no dia. Eu dei tanto amor à minha vida, por estar viva e bem, que acabei só deixando as pessoas que me cercam tranquilas. Mas amanhã eu pretendo ir à delegacia, porque eu sei quem são as pessoas”, contou ela ao EGO, três dias depois de ter passado pelo que ela acredita ser algum tipo de ritual macabro.
Ainda com a expressão alterada pelo susto, a loira tentou explicar como foram as seis últimas horas daquele dia. Segundo ela, um casal armado a abordou em frente ao seu trabalho – uma loja de produtos para alimentação saudável – e a obrigou a dirigir por cerca de meia hora até parar em frente a um prédio.
“Eles me levaram para um apartamento, onde tinha uma senhora vestida de branco. Ela dizia que ia fazer um negócio no meu olho, algo como ler a íris, não entendi direito. Falou para eu ficar calma que eles iam me levar pra algum lugar, porque eu precisava tomar um chá”, lembrou: “Essa senhora recebeu uma entidade e queria me afogar num ofurô que tinha lá. Disse para eu entrar e relaxar um pouco. Eu disse que não ia entrar e, num certo momento, ela ouviu uma voz, acho que foi Deus que falou no ouvido dela. A senhora disse ao casal que era para me libertar”.
Andressa Urach
Ao chegar em casa, Urach teve que lidar com o trauma por ter passado por uma experiência tão bizarra. “Quando eu cheguei em casa, eu não conseguia dormir. Eu ouvia muitas vozes, espíritos do mal mesmo. Fiquei lendo os salmos a noite inteira. A sensação que eu tinha é que a morte tinha vindo buscar minha alma”, completa. E mudou drasticamente sua rotina: “Estava com alguns hábitos ruins, tipo beber e fumar. Parei com tudo. Hoje sou outra pessoa, depois de tudo isso que aconteceu”.
O casal
Andressa acredita que pode reconhecer seus sequestradores, pois, segundo ela, antes de abordá-la, o casal manteve contato por uma rede social. “Eu sei quem eles são. Eu lembro deles na minha rede social. Vou apresentar tudo isso pra polícia, porque é muito sério. Vai que eles pegam pessoas para tomar esse chá e as matam? De repente é um grupo ou uma coisa assim. Porque tem pessoas que somem todos os dias”, falou.
Andressa Urach (Foto: Alessandra Gerzoschkowitz / EGO)
Odara Gallo Do EGO, em São Paulo