01/09/2014

Maklandel critica decisões do TSE e diz que há incoerência

ELEIÇÕES 2014

TSE indeferiu candidatura de Aldir Nunes e deferiu a de Heráclito Fortes.

Foto: Jailson Soares/ODIA

Maklandel Aquino acredita que há certa “intromissão” da Justiça no processo eleitoral

Com a decisão do Tribunal Superior Eleitoral, que indeferiu a candidatura do professor Aldir Nunes (PSB) ao Senado, o candidato ao governo do Estado, Maklandel Aquino (PSOL), que encabeça a coligação “O Poder Popular na Construção do Socialismo”, afirmou que nós próximos dias, PSOL e PCB irão se reunir para apresentar um substituto. Maklandel criticou a decisão do STE e acusou o Tribunal de ser “incoerente”.

O TRE indeferiu o registro de Aldir Nunes e dos candidatos a suplente, João Alfredo Costa Evangelista e Washington Milton do Carmo Gomes, por não apresentarem a documentação dentro do prazo. Mas em outra decisão, o TSE manteve a candidatura do ex-senador Heráclito Fortes (PSB), que possui condenação em órgão colegiado.

Foto: Elias Fontinele/ODIA

Professor Aldir Nunes é candidato ao Senado pelo PCB

O TSE entendeu que a coligação “A Vitória com a Força do Povo” não realizou o pedido de impugnação dentro do prazo legal. Heráclito foi condenado por órgão colegiado em 2012 por improbidade administrativa.

Ele teria feito promoção pessoal na época em que era prefeito de Teresina, em 1988, veiculando publicidade oficial, com um símbolo que deixava claramente caracterizada a inicial “H”, de Heráclito, enquanto o “slogan” contido na publicidade dizia: “Unidos seremos mais fortes”, deixando expressa a palavra igual ao sobrenome “Fortes”.

De acordo com Maklandel, tem ocorrido uma espécie de “intromissão” da Justiça no processo eleitoral. “Isso é no mínimo incoerente. O partido escolheu o nome de Aldir em convenção e o TSE questiona a data da filiação. Mas candidatos condenados por improbidade administrativa conseguem ser candidatos como o presidente da Assembleia, Themístocles Filho (PMDB), mesmo com a Lei da Ficha Limpa valendo para essas eleições”, disse.

O cantor Francis Lopes (PRP), candidato a deputado estadual, também conseguiu manter o registro de candidatura. O TRE-PI já havia deferido o pedido, mas o Ministério Público Eleitoral recorreu ao TSE. De acordo com o MPE, o candidato também estaria enquadrado na Lei da Ficha-Limpa, por ter sido condenado em São Paulo, no ano de 2012, por ter feito doação de recursos acima do limite legal.

Nos próximos dias, o TSE deverá julgar o recurso que pede o indeferimento do registro de candidatura do presidente da Assembleia Legislativa do Estado, deputado Themístocles Filho (PMDB), condenado por impobridade administrativa. 


Repórter: Lídia Brito - Jornal O DIA    

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