Gravação de suposta decapitação foi divulgada pelo grupo neste domingo.
Obama considerou morte de vítima como ato de 'pura maldade'.
Homem ajoelhado é identificado como cidadão norte-americano Peter Edward Kassig (Foto: Reuters) |
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, confirmou neste domingo (16) que é verdadeiro o vídeo que mostra a decaptação do norte-americano Peter Kassig pelo Estado Islâmico (EI). O grupo extremista informou neste domingo (16) ter executado Kassig, sequestrado na Síria.
"A morte de Kassig é um ato de 'pura maldade por um grupo terrorista que o mundo inteiro considera desumano'", afirmou Obama em um comunicado, a bordo do avião presidencial Air Force One, de acordo com a agência France Presse.
"Hoje, oferecemos nossas orações e condolências aos pais e familiares de Abdul-Rahman Kassig, também conhecido como Peter", disse. O presidente nort-americano ainda afirmou que o grupo mata inocentes, incluindo muçulmanos, e está pronto para espalhar morte e destruição.
Obama disse também que o EI "explora a tragédia na Síria para obter seus próprios interesses" e que Kassig estava "tão movido pela angústia e sofrimento dos civis que decidiu se voluntariar no ato humanitário.
No final de uma gravação de 15 minutos, um extremista do grupo aponta para uma cabeça ensanguentada a seus pés e declara que ela era a de Kassig, que tinha fundado uma organização humanitária após combater pelo exército americano no Iraque.
O jornal norte-americano The New York Times publicou que uma autoridade do governo dos EUA estava fortemente convencida de que o vídeo é autêntico e que Kassig está mesmo morto.
Ainda segundo a publicação, agências de inteligência norte-americanas haviam recebido anteriormente fortes indicações de que o Estado Islâmico havia decapitado o civil. O jovem havia se convertido ao islamismo e fazia trabalho humanitário na Síria quando foi capturado, em 2013.
Membro também foi morto
No último dia 14, o grupo jihadista executou um de seus dirigentes acusado de malversação de fundos e de roubo, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). "O EI executou um de seus altos dirigentes, de nacionalidade síria, decapitando-o e crucificando-o" na província de Deir Ezzor, anunciou.
Segundo essa fonte, ele era acusado de "pegar dinheiro de muçulmanos (...) e de desviar fundos do Estado Islâmico". Com frequência, os jihadistas executam indivíduos acusados de crimes diversos, como roubo e o descumprimento de sua interpretação radical da lei islâmica.
Do G1, com da agências