CHEFE DO ESQUEMA É DONO de postos no interior e comprava gasolina a R$ 1,80 o litro
A Polícia Civil divulgou no final desta manhã os resultados da Operação Bomba d'Água, realizada durante o fim de semana. Oito pessoas foram presas acusadas de adulterar combustível usando água e solvente, para comercializar com postos de combustíveis na capital e interior. Segundo a polícia, comercializava por mês cerca de 180 mil litros de combustível adulterado por mês.
Foram presos o empresário Maxson Gilson da Costa, o gerente do depósito Dino Cesar da Cruz, os motoristas Pedro Leite e Daniel Lira, e os funcionários Micael Feitosa, Francisco Wesley, Isaquiel de Oliveira, e Evangelista de Almeida. Todos já foram soltos após pagamento de fiança.
A investigação começou a um mês pela equipe do 5º Distrito Policial. O grupo foi monitorado e toda movimentação no posto que funcionava próximo à faculdade Ceut foi gravada pelos policiais. No fim de semana, quando foi percebida a maior movimentação, a polícia decidiu abordar o grupo.
"As imagens mostram a dinâmica da fraude. Eles compactuadamente com os motoristas retiravam parte do combustível, depositava em um tanque, o que diminuía a vazão, que era completada com solução e com isso recebiam o mesmo dinheiro em cima da carga. Usavam outra substância para render, com um custo mais baixo a ser vendido para empresários da capital", disse o delegado James Guerra em entrevista coletiva na sede da Delegacia Geral.
O empresário preso na operação também é dono de um posto de combustível no Sul do Estado.
Segundo os relatos do delegado geral, o depósito recebia em torno de 20 caminhões por dia, e 300 litros de cada eram retirados para fraude. O que representa 60 mil litros por dia, e 180 mil ao mês.
O grupo foi autuado e será investigado por crime ambiental e crime contra o consumidor. Outro risco era a possibilidade de explosão, já que no local o manuseio do combustível não se adequava aos padrões de segurança, com pessoas fumando próximo aos galões, um risco até mesmo de explosão, que seria desastrosa. Uma equipe da Agência Nacional de Petróleo irá vistoriar o local, que está lacrado e à disposição da Polícia Civil. No local a polícia apreendeu ainda vários caminhões e carros particulares.
Com a adulteração, os motoristas ganhavam ao vender o combustível retirado do tanque a R$ 1,80 ou R$ 1.90 o litro da gasolina e R$ 1,40 pelo diese, e depois vendendo o combustível adulterado para os empresários, de R$ 2,50 a R$ 3,00.
Fonte: 180/Por: Apoliana Oliveira