Kitesurfista assassinado tinha plano de popularizar o esporte: "Sonhador"

Mateus Portela, de 27 anos, era atleta e promovia eventos de kitesurfe no litoral
do Piauí. Amigo revela projeto do esportista em aproximar modalidade das pessoas

Mateus Portela era atleta e organizador de eventos de kite no litoral do Piauí (Foto: Arquivo 

Pessoal / Facebook)

Amigos do kitesurfista Mateus Portela, assassinado a tiros em Parnaíba, litoral do Piauí, tentam entender a motivação do crime ocorrido na noite de segunda-feira. Amante da modalidade desde a adolescência, o atleta de 27 anos tinha a intenção de popularizar o esporte na região, segundo revelou o colega e professor Francisco Bagre. 

- Ele era um atleta ativo, além de ser um agente do kitesurfe promovendo vários eventos. Ele era um sonhador, tinha o plano de aproximar a modalidade que ele gostava de cada vez mais pessoas, formando grupos de paixão pelo kitesurfe. O projeto maior dele era trazer o esporte, não só o lado do atleta, mas também do cidadão – comentou Bagre, amigo de Mateus há oito anos. 

Segundo o tenente-coronel Costa Lima, comandante de policiamento no litoral do Piauí, em entrevista ao G1, o empresário Edilson Morais assassinou a esposa e Matheus Portela. Logo em seguida, tirou a própria vida. No local, foram encontrados 11 projéteis deflagrados pelo atirador. De acordo com o delegado Arthur Leal, duas linhas de investigação do crime são trabalhadas. 

Para homenagear Mateus Portela, kitesurfistas farão passeio no litoral piauiense 

(Foto: Arquivo Pessoal / Facebook)

- A primeira seria a de crime passional, mas essa é a menos provável. A segunda hipótese seria que o crime foi motivado por negócios, já que os dois trabalhavam com o mesmo ramo e poderia haver rixa entre eles - informou o delegado.

Mateus organizava o Delta Kite Trip, evento de Kitesurfe e Stand Up Paddle que seria realizado neste fim de semana. Para homenagear o atleta, um grupo de kitesurfistas irá percorrer o litoral do estado neste sábado, da Praia do Coqueiro, em Luís Correia, até a Praia da Pedra do Sal, em Parnaíba.

- Nas competições, Mateus sempre se destacava. O kitesurfe tem 11 anos no Piauí, e foi ele um dos pioneiros. Estamos chocados, tristes. Uma tragédia sem explicação – completou Bagre.

Por GloboEsporte.comTeresina/Adaptação: PHB em Nota