Serviço é um dos campeões em problemas relatados pelos consumidores. Usuários relataram dificuldade em conseguir sinal para as ligações.
A telefonia celular lidera o ranking de reclamações no Serviço de Proteção ao Consumidor (Procon) no Piauí. Só este ano já foram 7.901 reclamações. As deficiências na prestação de serviço não causam só irritação ao consumidor, mas também para quem depende do celular para trabalhar, ou fazer algum tipo de chamada de emergência, e não consegue ser atendido.
O aparelho caiu no gosto popular, pois segundo os usuários é um meio utilizado para resolver problema. A dona de casa Fátima Fernandes afirmou que não sai de casa sem o aparelho. Já para o mototaxista Rafael Santanta, o celular é de grande importância. “Cerca de 50% dos meus clientes ligam para o celular, informam o endereço e eu vou buscá-los”, disse.
Mesmo caindo no gosto da maioria da população, entre os usuários a reclamação da má qualidade do funcionamento do serviço é comum. O analista de sistemas Pedro Júnior afirmou que é muito difícil conseguir uma ligação na primeira tentativa. “É muito difícil a ligação completar na primeira vez e já aconteceu de ligar para fixo e cair na caixa de mensagem”, falou.
O problema com a telefonia móvel atrapalha também quem precisa de socorro. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) recebe uma média de 5 mil ligações por mês e desse total a principal causa de interrupção da maioria das chamadas é problema de telefonia. Só em outubro foram registrados 411 casos. “Toda vez que existe uma pessoa que solicita socorro essa ligação entra em uma central telefônica e ela é atendida por um técnico responsável por coletar os dados. Muitas vezes quando a pessoa está transmitindo informação relativas a endereço para o técnico a ligação cai, com isso a pessoa tem que retornar a ligação e geralmente está ocupado, pois entram outra ligações”, explicou Marcelo Araújo, chefe de serviço de enfermagem do Samu.
“Essas reclamações elas nunca diminuem, sempre vão se avolumando mais. Mesmo com a ação enérgica e efetiva do Procon, a demanda diminui pouco. Mesmo com a aplicação de multas, a instauração de processos administrativos as reclamações são as mesmas”, disse Campelo Junior, conciliador do Procon.
De acordo com o estudante Thiago Henrique, o alto valor não condiz com o serviço prestado. “O telefone fica mudo, as ligações não completam, são vários os problemas e o custo do serviço é muito alto e não condiz com o serviço”, avaliou.
A Tim informou que não identificou falhas recentes na sua rede em Teresina, mas diz que está atenta às demandas dos seus clientes e tem feito investimentos relevantes em infraestrutura. Já a Oi informou que sua rede de telefonia móvel está em pleno funcionamento, sem registro de congestionamento ou lentidão na capital. O Bom dia Piauí procurou as outras operadoras, mas não recebeu resposta até a publicação da reportagem.