A irmã de Flaviana afirma que a família vai todos os dias ao IML atrás de respostas
O jornal O Dia desta segunda-feira (29/12), divulgou que após 13 dias do acidente na BR-316 entre um ônibus da empresa Transbrasiliana e um caminhão-tanque, que vitimou fatalmente sete pessoas, os corpos de Ana Silva Oliveira e Flaviana da Silva Souza continuam no Instituto Médico Legal (IML) de Teresina aguardando a resposta do IML de Brasília, onde será feito o teste de DNA. Assim, o envio de fragmentos dos corpos das duas vítimas segue sem data prevista. A fato tem preocupado os parentes das vítimas.
A irmã de Flaviana afirma que a família vai todos os dias ao IML atrás de respostas. “O desespero é muito grande. A minha mãe sofre dia e noite querendo sepultar a filha, pois só assim ela terá descanso. E o meu pai vai todo dia ao IML atrás de respostas e prazos, mas ninguém sabe explicar nada. É muito ruim viver nessa incerteza”, conta Fábia Souza.
Antônio Nunes, perito do IML, explica que não há prazo para o envio, bem como para o resultado do teste, pois isso depende da demanda do laboratório. “Já tivemos casos que demorou um mês e outro que demorou seis meses, ou seja, não temos esse controle. Isso acontece porque estamos pedindo um favor a outro Estado, visto que temos uma carência de laboratório de DNA”, diz. Antônio completa dizendo que, no Brasil, apenas o estado do Piauí e do Acre não têm esse tipo de laboratório.
Apenas Flaviana e Ana Silva precisaram de teste para identificação. O perito do IML explica que, nos outros casos, as vítimas tinham alguma característica única no corpo, como um problema no braço ou na arcada dentária. "A família de Flaviana conseguiu identificar seu corpo por meio de um anel de formatura que a moça usava, porém, a regra não é essa. Esse acessório pode ser encontrado em qualquer loja e, por consequência, várias pessoas podem ter o mesmo anel. Eu não posso entregar nenhum cadáver sem ter a certeza de que se trata da devida pessoa", conta.
Fonte: Jornal O Dia