19/12/2014

Procurador Geral da República deve denunciar Ciro Nogueira em fevereiro

O senador piauiense é um dos políticos citados por Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, que teriam se beneficiado do esquema.

Atualizada em 19/12/2014 - 22h34

Imagem: DivulgaçãoProcurador geral da República, Rodrigo Janot(Imagem:Divulgação)Procurador geral da República, Rodrigo Janot

Segundo reportagem de O Estado de São Paulo publicada nesta sexta-feira (19), o procurador geral da República, Rodrigo Janot, deve denunciar os políticos envolvidos no esquema de desvios da estatal em fevereiro, quando tem início a nova legislatura. O senador piauiense Ciro Nogueira é um dos políticos citados pelo Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras que teriam se beneficiado do esquema. A reportagem traz ainda a relação completa dos envolvidos.

Há ainda a relação de nomes que até aqui ainda não haviam sido revelados, como o governador do Acre, Tião Viana (PT), reeleito em 2014, além dos deputados Vander Luiz dos Santos Loubet (PT-MS), Alexandre José dos Santos (PMDB-RJ), Luiz Fernando Faria (PP-MG) e José Otávio Germano (PP-RS). Entre os congressistas, ao todo foram mencionados sete senadores e onze deputados federais.
Imagem: Agência BrasilCiro Nogueira(Imagem:Agência Brasil)Ciro Nogueira

Estariam envolvidos 10 políticos do PP, oito do PT, oito do PMDB, um do PSB e um do PSDB. Paulo Roberto Costa teria citado os políticos em 80 depoimentos da operação Lava Jato, que se estenderam por duas semanas.

Ainda de acordo com O Estado de São Paulo, o perfil da lista reflete o consórcio partidário que mantinha Paulo Roberto Costa no cargo. O ex-diretor teria dito que alguns dos envolvidos recebiam repasses com frequência e que os valores superavam R$ 1 milhão. O dinheiro seria usado para abastecer o caixa dois das campanhas eleitorais.

Segundo Paulo Roberto Costa, um dos exemplos seria Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB que teria cobrado R$ 10 milhões para arquivar uam CPI da Petrobras no Senado.

Na troca da composição do Congresso, alguns dos citados perdem foro privilegiado e passam a ser julgados pela Justiça de primeira instância.

A investigação desvendou uma trama de repasses a políticos na estatal. A Lava Jato foi desencadeada em março e identificou a parceria de Costa com o doleiro Youssef. Na última fase da operação, deflagrada em 14 de novembro, foram presos os principais executivos e dirigentes das maiores empreiteiras do País, todos réus em ações penais por corrupção ativa, lavagem de dinheiro, crimes de cartel e fraudes a licitações.

Confira abaixo a relação dos políticos citados por Paulo Roberto Costa

Imagem: Reprodução/EstadãoLista do delator(Imagem:Reprodução/Estadão)
Lista do delator


GIL SOBREIRA, DO GP1

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