Em reposta, a escola disse que as acusações são inverídicas e que até existe outro aluno também portador de diabetes
Na manhã desta terça-feira (20/01), o menino Luiz Henrique, de apenas três anos de idade, teve seu direito à educação barrado. O episódio aconteceu no Colégio INEC, localizado no Centro de Teresina. De acordo com a tia da criança, a jornalista Maria Luiza Morais Barreto, o menino que é diabético, não pôde ter sua matrícula efetuada na instituição porque a escola teria afirmado que "não se responsabilizava por nada que acontecesse ao menino". Em resposta, a escola disse que a informação é inverídica e que existe até outro aluno com o mesmo problema e que frequenta normalmente.
Em postagem no Facebook, a jornalista afirma não entender o que leva uma escola agir de maneira discriminatória. "Ouço ela me contar tudo, tentando acalmá-la, mas sofro junto com ela. Não só porque conheço a luta diária de se criar um filho, mas também vivencio a dificuldade dela em fazer com seus filhos, os dois com diabetes, tenham uma vida normal, assim como todas as crianças", postou, fazendo menção a irmã Julianna, mãe de Luiz Henrique.
Ainda segundo a postagem, a jornalista e tia, diz que a criança não irá mais estudar no INEC, pois o local não oferece a segurança necessária. "Meus sobrinhos são crianças comuns, brincam, comem, vêem TV, viajam, fazem tudo exatamente igual a todas as crianças. Eles só não podem ingerir açúcar! Alimento que todos deveriam restringir em sua alimentação. Luiz Henrique não vai estudar no Inec, a mãe não aceita escola. Já é tão difícil, para nós, o inicio da vida escolar de um filho, imagina deixar sua criança em um ambiente que não vai lhe oferecer segurança nenhuma!", lamenta.
Por telefone, Maria Luiza disse à reportagem do O Olho, que a irmã ficou de receber uma ligação do INEC, para saber se a proprietária da escola iria aceitar a criança efetuar a matrícula.
"Ela me disse que eles iriam retornar a ligação agora a tarde, mas ele não vai mais para lá. A matrícula já foi feita no Diocesano", finaliza.
Em um contato inicial com o INEC através do número 3133-1991, a reportagem do O Olho não teve as ligações atendidas. Já por telefone celular, o diretor da escola, Tiago Parente, disse que a informação é inverídica e que o aluno foi bem recebido. "Essa informação não é verdadeira. O que houve foi um entendimento equivocado por parte da mãe da criança, que no momento da matrícula não pôde conversar com a proprietária. A coordenadora que a recebeu, disse que iria entrar em contato com a dona da escola para que pudesse definir os procedimentos a serem tomados caso venha acontecer alguma coisa com a criança. Nós temos até outro aluno com o mesmo problema, e ele frequenta normalmente", esclareceu.
Fonte: Portal O Olho