03/01/2015

Com geladeiras queimadas, IML de Parnaíba não conserva corpos

Com o problema, corpos são liberados da unidade antes que estraguem. Diretor confirma situação e diz que cobrará soluções da nova gestão.

Geladeiras do IML de Parnaíba estão sem funcionar há meses (Foto: Daniel Santos)

A precariedade da estrutura do Instituto Médico Legal (IML) de Parnaíba, na região Norte do Piauí, vem causando transtornos às pessoas que dependem dos serviços do órgão na cidade. As geladeiras do local não funcionam há vários meses e os legistas são obrigados a liberar os corpos antes que eles estraguem. De acordo com o auxiliar de necropsia Robson Castilho, é preciso fazer os procedimentos com pressa.

“A gente está liberando os corpos o mais rápido possível senão eles apodrecem lá”, contou o auxiliar. Segundo ele, o IML de Parnaíba possui duas geladeiras, uma com capacidade para seis corpos e outra para quatro. O equipamento maior está queimado há um ano e o menor não funciona há cinco meses. “Quando o corpo já chega aqui em estado de decomposição é que a situação fica feia”, relata.

De acordo com Robson, a situação também se agrava porque os carros do IML não tem gasolina para transferir alguns corpos para Teresina. Na manhã desta sexta-feira (2), um detento foi assassinado na penitenciária da cidade e até o final da tarde o corpo ainda aguardava a chegada de familiares. “O cadáver está estragando enquanto a família chega para proceder a liberação”, revelou.

Procurado pelo G1, o diretor da unidade, Klécio Carvalho, confirmou a situação. Recente a frente do cargo, ele diz que já recebeu o IML com as duas geladeiras queimadas e admitiu que os procedimentos são comprometidos com a falta de conserva dos corpos. O diretor informou que agendará uma audiência com o novo secretário de segurança pública do estado nos próximos dias para apresentar a situação e buscar soluções para o problema.

Do G1 PI

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