04/01/2015

Índices mostram problemas na Educação do Piauí

Problemas como distorção idade-série, assimilação de conteúdos nas disciplinas de português e matemática, além de evasão escolar, são demonstrados em levantamentos feitos por avaliações.

Foto: MEC


Uma das cinco secretarias de Estado com decreto de emergência, a Educação no Piauí precisa de um reforço. Em cinco cidades, nenhum aluno se encontra com o aprendizado adequado para a sua série em Português, de acordo com Prova Brasil 2011 e dados tabulados pelo site especializado Qedu. Nos municípios de Barreiras, Morro Cabeça no Tempo, Nossa Senhora do Nazaré, Pedro Laurentino e Sebastião Leal a aprendizagem não atingiu a meta em nenhum dos estudantes.

Além destes municípios, a proporção de alunos com aprendizado abaixo de 10% em linguagens segue em mais 43 cidades. Apenas Cocal dos Alves, que já é destaque na educação estadual, está acima da margem, com 61% dos alunos dentro do aprendizado adequado.

Em matemática, esses números são ainda mais alarmantes, com onze municípios com uma proporção de zero por cento de alunos com aprendizagem adequada e 52 municípios com porcentagem abaixo de 10%.

O secretário estadual de Educação interino, Helder Jacobina, afirmou que neste primeiro momento, a secretaria está voltada para a questão das matrículas, mas que há uma preocupação para que todos os problemas possam ser resolvidos.

“Nós estamos nos preocupando prioritariamente com o ano letivo e resolvendo pendências com relação às matrículas, mas adiantamos que já estamos organizando tudo o que é preciso para podermos fazer a organização do Plano Estadual de Educação, com um planejamento estratégico para os próximos dez anos. Dentro desse plano, trataremos de todas essas questões, como distorção idade-série e outros entraves”, afirma.

Para melhorias nas áreas de educação, Helder afirma que já estão havendo diálogos com o atual Ministro da Educação para que possam ser garantidos mais recursos que possam solucionar problemas de imediato.

“Nós estamos com muitos entraves, como construções e escolas que não receberam repasses. Já conversamos com o Ministro e estamos esperando uma reunião formal nos próximos quinze dias para tentarmos minimizar esses problemas”, conclui.


Por: Francicleiton Cardoso - Jornal O Dia    

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