PRINCIPAIS ACUSAÇÕES SÃO a compra de votos e abusos de poder político e econômico
A Justiça Eleitoral do Estado do Piauí já cassou 21, dos 224 prefeitos eleitos nas eleições municipais de 2012. Em menos de três anos, mais de 9% dos gestores eleitos pelo voto popular tiveram seus mandatos cassados.
Segundo levantamento do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI), a maioria dos prefeitos cassados foi acusada dos crimes de capitação ilícita de sufrágio (compra de votos), abuso de poder político, abuso de poder econômico e até mesmo irregularidades com a prestação de contas, por meio do artigo 30-a, da Lei das Eleições.
CASSADO, MAS NÃO AFASTADO
Se as muitas cassações da Justiça Eleitoral têm o caráter punitivo e significam que o prefeito foi eleito de forma ilícita e, portanto, deve sair do comando da cidade, na prática isso não tem acontecido. Dados do TRE-PI apontam que quase todos os gestores cassados permanecem nos cargos por força de liminar.
O discurso adotado na Corte Eleitoral para que a liminar seja concedida é sustentado no fato de que uma mudança de gestor na cidade pode causar muito dano ao município, do ponto de vista administrativo, já que a mudança de poder implica em várias situações contrárias à vontade popular.
PARTICULARIDADES
Outros casos particulares têm acontecido nas cidades do interior do estado desde as eleições de 2012.
Em Simões já houve eleição suplementar e o candidato Francisco Dogizete, o Dogi (DEM), apoiado por Edilberto Carvalho (PSB), então prefeito eleito em 2012, mas que não assumiu porque o TSE entendeu que seria seu terceiro mandato, foi o vencedor.
SAI DA POLÍTICA, ENTRA PARA A MEDICINA
Também foram registrados casos de ‘abandono’ da política para outra profissão. Valmir Café (PSB), em Pedro II e Dr. Ozael Ferreira (PSD) em Francinópolis, são exemplos de prefeitos eleitos que deixaram a política para seguir suas carreiras médicas. Ambos renunciaram ao cargo.
E MAIS
Dentre as mudanças na gestão municipal tem o recente caso do prefeito de São Francisco do Piauí, Francisco Costa, o Dr. Francisco do PT, que também é médico. Só que ele saiu da prefeitura para ser Secretário de Saúde no governo de Wellington Dias (PT).
Fonte: 180 Graus