A
instalação de um complexo turístico e residencial da empresa Pure
Resorts Hotels & Residences na praia da Pedra do Sal, em Parnaíba,
litoral do Piauí, foi discutida em audiência pública, na noite de
terça-feira (10/02) na escola João Silva, junto à comunidade local.
Após nove meses de estudo foi tomada a
decisão de investir naquela praia. O empreendimento está passando pelos
processos de licenciamentos e o terreno já foi adquirido pela empresa, a
área fica a 400 metros da orla da praia da Pedra do Sal para evitar
danos aquele ambiente.
A estratégia é construir cinco
inovadores empreendimentos no Nordeste para consolidar a marca no
Brasil; um deles é em Parnaíba. Segundo o consultor imobiliário da
empresa Pure Resorts, Alejandro Zugasti, o empreendimento consta de um
condomínio, bangalôs, piscinas, restaurantes, entre outras acomodações
de luxo. Tudo em harmonia com a natureza.
Só nesta primeira fase de articulação já
foram gastos R$ 8,5 milhões. Zugasti defendeu que as obras vão garantir
40 empregos diretos e os recursos da região serão utilizadas como o
pescado, por exemplo. O empreendimento vai garantir a movimentação de
muitos turistas em uma praia que ainda é pouco explorada.
A construção do resort tem previsão de
gerar 131 impactos positivos e 189 negativos ao ambiente. Uma das metas
da empresa é converter os impactos negativos em positivos. Por isso,
apresentaram a iniciativa de uma gestão de programas ambientais de
controle.
Alejandro Zugasti
No entanto, líderes da comunidade se
manifestaram contra a construção do resort, se os moradores da
comunidade não forem beneficiados. Alejandro Zugasti informou que a Pure
Resorts Hotels & Residences tem programa de capacitação de sua
mão-de-obra. Um dos motivos do desconforto dos moradores está na
alteração do ambiente sem retornos positivos para a comunidade. Os
moradores apresentaram como exemplo a implantação das usinas eólicas com
várias promessas de melhorias, a começar pela comunidade, e nem qual o
destino da energia a população sabe ao certo. Eles consideram que foram
enganados.
Na ocasião foi questionado como a
empresa conseguiu a adquirir o terreno de forma legal se há famílias que
moram no povoado e ainda não conseguiram regularização da posse. Estes
foram informados que o terreno comprado era de propriedade particular.
Quando lhe foi dada oportunidade, a Ana
Cláudia Pereira Gomes, secretária da Regularização Fundiária e
Habitação, informou que a regularização das moradias do povoado da praia
da Pedra do Sal começa no segundo semestre de 2015 e as primeiras
medidas estão sendo tomadas junto a Superintendência do Patrimônio da
União (SPU) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
(ICMBio). As atividades do grupo empresarial estão na fase dos processos
de licitações.
Daniel Santos para o Proparnaiba.com
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