O programador Alex Becher, 35, conseguiu
atrair 170 mil usuários para a rede social Orkuti (sim, com “i”),
abertamente inspirada na original, do Google, que fechou em setembro de
2014. Becher, que mora em São Mateus (a 220 km de Vitória, no Espírito
Santo), conta que tinha vontade de ter um site assim desde que viu o
filme “A Rede Social” (2010), que conta a história da criação do
Facebook.
Evangélico, ele fundou em 2011 a comunidade on-line Isay, mas
conseguiu apenas 5.000 usuários em dois anos. Quando o Google anunciou
que iria desistir do Orkut, ele resolveu trabalhar para ressuscitá-lo.
“Pensei: agora é a minha chance”, contou.
Em 30 de setembro, o dia da morte do Orkut, ele lançou o Orkuti e
recebeu 10 mil cadastros. Foi atrás de investidores e conseguiu dois –
um deles, um empresário, está pagando pelos servidores, que aguentam até
1 milhão de usuários simultâneos.
Becher afirma que até tentou entrar em contato com o Google para
avisar da ideia, mas nunca recebeu resposta. Questionado se não teme ser
processado por usar o visual e a marca indevidamente, o programador
responde que está esperando para ver.
O máximo que eles podem fazer é cobrar por algum tipo de cópia em
relação ao nome e à marca. Procurado, o Google não comentou o assunto.
Pouco antes do encerramento do Orkut, um abaixo-assinado, registrado
na plataforma online Avaaz, chegou a reunir mais de 60 mil assinaturas
para que o Google reconsiderasse o fim da rede social.
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Fonte: Tribuna da Bahia/Edição: Portal PHB em Nota
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