Jovem de 26 anos deu entrevista a jornal alemão.
Segundo ela, Andreas Lubitz passava por tratamento psiquiátrico.
Foto de arquivo mostra Andreas Lubitz, o copiloto do voo 4U9525, correndo na Airportrun, em Hamburgo (Alemanha), em setembro de 2009 (Foto: Michael Mueller/AP)
O copiloto do avião da Germanwings suspeito de derrubar a aeronave deliberadamente disse a sua ex-noiva que estava em tratamento psiquiátrico e que planejava um grande gesto do qual todos se lembrariam, publicou o jornal alemão “Bild” neste sábado (28).
O jornal apresentou uma entrevista com a mulher que disse ter mantido
um relacionamento em 2014 com Andreas Lubitz. Ele é apontado pelas
autoridades como responsável pela queda do avião nos Alpes franceses,
matando as 150 pessoas a bordo.
“Quando soube do acidente, eu lembrei de uma frase que ele disse”,
contou a mulher, uma comissária de bordo de 26 anos identificada apenas
como Maria W. “Um dia eu farei algo que vai mudar o sistema, e então
todos saberão meu nome e se lembrarão dele.”
Ela disse que não entendia o que ele queria dizer, mas que agora fez
sentido. “Ele fez isso porque percebeu que, devido a seus problemas de
saúde, seu grande sonho de trabalhar na Lufthansa, de ter o cargo de
piloto em voos de longa distância, era praticamente impossível.”
ento pessoal dos dois e disse que eles
viajaram juntos de avião por cinco meses pela Europa no ano passado.
Maria disse ainda que terminou com Andreas por causa dos problemas
pessoais e do comportamento instável dele.
A promotoria de Düsseldorf informou nesta sexta-feira (27) que Andreas
Lubitz, de 28 anos, copiloto apontado como responsável pela queda do
avião da Germanwings, tinha um atestado médico de dispensa de trabalho
por doença que havia ocultado da companhia, assim como outros documentos
que demonstravam que ele estava sob tratamento.
O "Bild" também informou que Lubitz esteve por um ano e meio sob
tratamento psiquiátrico antes de completar sua formação. O acidente, que
ocorreu na última terça-feira (24), deixou 150 mortos.
De acordo com o jornal, que cita como fontes "círculos da Lufthansa",
as razões pelas quais Lubitz interrompeu sua formação em 2009 se
deveram a uma grave depressão diagnosticada nesta época.
Com base em fontes e documentos internos da Lufthansa, o "Bild" disse
que Lubitz passou no total um ano e meio em tratamento psiquiátrico, e
que documentos relevantes serão enviados aos investigadores franceses
após serem examinados por autoridades alemãs
Da Reuters/Via G1