Jovem foi atingido por um tiro durante comemoração após jogo da Copa.Polícia quer descobrir qual calibre da arma que matou o estudante.
Corpo de Ruan Pedreira foi exumado nesta quinta-feira (21) em Teresina (Foto: Catarina Costa/G1)
A Polícia Civil do Piauí exumou nesta quinta-feira (21) o corpo do estudante Ruan Pedreira, vítima de bala perdida durante comemoração após um jogo da Copa do Mundo em junho do ano passado. O crime irá completar um ano no dia 28 de junho, mas a polícia só conseguiu autorização da Justiça para realizar o procedimento no início desse mês.
De acordo o delegado Danúbio Dias, do 4º Distrito Policial, a exumação já era para ter acontecido, mas não ocorreu antes porque família do jovem havia entrado com recurso na Justiça para impedir o ato. Ainda segundo o delegado, a exumação se faz necessária para definir qual o calibre da arma utilizada no crime.
Prima do estudante disse que família espera por justiça (Foto: Catarina Costa/G1)
"O objetivo é definir o calibre da arma que matou o estudante e excluir suspeitas acerca do crime", falou o delegado após chegar ao cemitério São José, na Zona Norte de Teresina.
Segundo ele, o único suspeito que é investigado teria usado uma pistola 380 e a exumação vai confirmar ou não se o rapaz foi atingido por essa arma.
No dia do crime foram achados dois estojos do calibre, mas a arma não foi encontrada pela polícia. "Nós queremos comparar se os fragmentos na cabeça do Ruan são os mesmos do calibre da pistola", informou Danúbio Dias.
Delegado diz que objetivo é definir o calibre da arma usado no crime (Foto: Catarina Costa/G1)
De acordo com o diretor do Instituto Médico Legal (IML), Antônio Nunes, testes feitos na época apontaram a necessidade de se fazer o exame de coleta dos fragmentos. Segundo ele, o corpo será levado para o IML, onde passará por um procedimento de scanner e por uma necropsia. Após isso, será reconduzido para o túmulo.
"O resultado deve sair em 10 dias e talvez mais material seja coletado para esclarecer outras dúvidas. A bala que matou o estudante entrou do lado direito do cérebro e se fragmentou", explicou Antônio Nunes.
Jaqueline Nobre, prima do estudante, esteve no cemitério e acompanhou a exumação. "Eu tentei me preparar para acompanhar a exumação, mas não tem como não ficar emocionada com isso. Os pais dele estão tomando medicamentos e por isso preferiram não vir para o cemitério", disse.
Mesmo tendo se posicionado de forma contrária a exumação do estudante, a prima afirma que a família espera que o procedimento sirva para punir o responsável pela morte do rapaz. "Se isso for para prender a pessoa que matou o Ruan, a família não é contra", comentou a prima dizendo que os familiares esperam por justiça.
O advogado da família de Ruan, Josélio Oliveira, falou que os parentes só podem fazer novos pedidos após a conclusão do inquérito. "Nós aguardamos a conclusão para solicitar uma nova reconstituição. Para nós não há dúvidas da autoria do crime e o suspeito está foragido. Com essa exumação esperamos que o inquérito seja concluído da melhor forma possível", disse.
Do G1 PI
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