07/07/2015

Polícia pede prisão de tio suspeito de estuprar e engravidar sobrinha no PI

Segundo delegado, homem poderá responder por estupro de vulnerável. Família luta para que a criança grávida passe pelo procedimento de aborto.

Delegado Jetan Pinheiro fala sobre a investigação (Foto: Gilcilene Araújo/G1)

A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) informou nesta terça-feira (7) que irá pedir a prisão preventiva do tio suspeito de estuprar e engravidar a própria sobrinha de apenas 12 anos em Teresina. De acordo com o delegado Jetan Pinheiro, o inquérito que apura estupro de vulnerável foi aberto.

O caso está sendo acompanhado pelo Conselho Tutelar da capital, e segundo a conselheira Socorro Arraes, a menina já vinha sendo molestada quando ainda tinha 11 anos de idade. A criança relatou aos pais que estava sendo assediada e a família registrou ocorrência na delegacia ainda em outubro do ano passado.

“Na época, a prisão não foi solicitada porque a delegada decidiu investigar a fundo o caso e descobriu que existia uma relação afetiva entre a menina e o tio e que a vítima estaria apaixonada pelo homem. Agora, diante do estupro de vulnerável e gravidez, outro inquérito foi aberto e solicitada a prisão preventiva”, falou o delegado.

Ainda conforme Jetan Pinheiro, alguns fatos ainda serão investigados para avaliar a postura da família. Segundo ele, a menina tinha o hábito de sair de casa sem comunicar aos pais e passar até 10 dias fora.

“Queremos entender a postura da mãe diante dessa situação. Dependendo do que conseguirmos levantar, essa mãe poderá ser indiciada por abandono de incapaz”, disse.

Atualmente, a família luta para que a criança, grávida de dois meses, passe pelo procedimento de aborto na Maternidade Dona Evangelina Rosa. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Seccional Piauí, também está acompanhando o caso e fará mediações para acelerar o processo.

Lei
Pela atual legislação, em caso de gravidez resultante de estupro, é permitido à vítima realizar o aborto, bastando para isso assinar um documento no próprio hospital.

Gilcilene Araújo
Do G1 PI

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