O Morro do Garrote, em Castelo do Piauí, a 190 quilômetros de Teresina, cenário do estupro coletivo de quatro adolescentes que chocou a população do local em maio, foi palco de uma nova tragédia no fim da noite deste sábado (8). Em meio às novas informações sobre o caso reveladas nesta semana, o lugar foi tomado pelas chamas por volta da meia-noite. A informação foi confirmada pela Polícia Civil, que não registrou feridos.
De acordo com o policial civil Antônio Soares, da Delegacia de Castelo do Piauí, ainda não é possível afirmar o que deu início ao fogo. "Aconteceu por volta da meia-noite. Não acreditamos em incêndio criminoso. O estrago não foi tão grande assim", disse, por telefone, ao CidadeVerde.com na manhã deste domingo (9).
O incêndio no Morro do Garrote aconteceu poucos dias depois do caso sofrer uma reviravolta. Na última segunda-feira (3), a Defensoria Pública comunicou que pediu a absolvição de três adolescentes sentenciados pelo estupro coletivo em Castelo. O crime ocorreu no dia 27 de maio, quando quatro adolescentes foram violentadas sexualmente, torturadas e arremessadas de um barranco de aproximadamente dez metros de altura.
O defensor público Gerson Henrique Sousa Silva, que defende os menores no processo, alega a inocência dos três jovens e atribui a culpa a Gleison Vieira da Silva, de 17 anos, assassinado no dia 17 de julho a socos e pontapés pelos companheiros de cela no Centro Educacional Masculino (CEM). A Defensoria Pública também alega inocência de Adão José de Sousa, de 40 anos, também preso pelo crime e suspeito de comandar o crime.
Além de pedir a absolvição dos três adolescentes sentenciados baseado em depoimentos deles próprios e de internos do CEM, a Defensoria Pública solicitou à Secretaria de Segurança Pública uma investigação sobre o suposto recebimento de R$ 2 mil por parte de Gleison para incriminar os outros três menores no estupro coletivo de Castelo.
Flávio Meireles
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