Material genético colhido em Alegrete do Piauí, cidade a 380 km de Teresina, será encaminhado para o Rio Grande do Sul na madruga de hoje (31)
(Foto: Manoel José/O Olho)
Em entrevista coletiva concedida na manhã desta segunda-feira (31/08) a médica legista Bianca de Almeida Carvalho e o diretor do Instituto Médico Legal (IML) do Piauí Antonio Nunes, informaram que o material genético colhido em Alegrete do Piauí, cidade a 380 km de Teresina, será encaminhado para o Rio Grande do Sul na madruga de hoje (31) e os primeiros resultados devem sair em uma semana.
Os responsáveis pela análise serão os legistas Bianca de Almeida Carvalho e Eduardo Bujes Stumvoll. Os dois já trabalharam em casos como um dos que mais o caso do menino Bernardo Boldrini, morto no Rio Grande do Sul.
Além desse caso de Alegrete, os peritos colheram material genético do crime de vilipêndio ocorrido em Parnaíba neste final de semana e levarão para análise.
Antônio Nunes, diretor do IML de Teresina (Foto: Manoel José/O Olho)
ANÁLISE
De acordo com Antônio Nunes, seis pares de botas e algumas vestimentas colhidas na casa dos acusados será disponibilizada para os peritos. Ele destaca que será feita uma análise com o sangue encontrado e ver se realmente é dar vítimas da chacina.
“Aqui no Piauí não temos esse laboratório de DNA. Vamos fazer o processamento das amostras e o tempo para termos uma resposta vai depender das amostras. Acredito que em uma semana já possamos ter um resultado parcial”, destacou.
Ao todo serão disponibilizados quatro estojos com material colhido pelos legistas do Piauí. Em seguida os peritos do Rio Grande do Sul irão realizar cruzamentos para definir o material genético.
“Vamos até os presos colher o material genético de cada um. Eles tem que consentir com o que será feito, caso não aceitem, assinarão um termo. Nesse momento todos eles estão presos em Fronteiras”, finalizou Antônio Nunes.
Médica legista Bianca de Almeida Carvalho (Foto: Manoel José/O Olho)
Já a legista Bianca de Almeida Carvalho afirma que o material para ser analisado ainda é pouco. De acordo com ela, só existem apenas dois calçados e um material que ainda será processado. “Vamos trabalhar para saber se conseguimos ter algum perfil genético em cima disso. Nossa amostra é pequena, vamos extrair fragmentos e tudo irá depender delas. Não temos como estimar ainda o tempo de duração das análises em função disso”, ressaltou.
O legista Eduardo Bujes Stumvoll já se encontra em Alegrete do Piauí onde levanta dados e analisa a cena do crime.
Fonte: O Olho