Em reportagem divulgada pela Folha de São Paulo, a Eletrobras Piauí está cotada para ser vendida a uma multinacional de energia italiana, a Enel. A repórter Danielle Brant, enviada especial a Londres, confirma em sua matéria que, dentre outras companhias da Eletrobras, a empresa de distribuição do Piauí deve ser privatizada.
“A Enel tem interesse em mais de uma distribuidora de energia no processo de privatização de parte da Eletrobras. Além da Celg, de Goiás, devem ser colocadas à venda distribuidoras como Eletroacre, Ceal (Alagoas) e Cepisa (Piauí)”, diz trecho da publicação.
Ainda segundo a Folha, a Enel prevê para o período de 2016 a 2019, investimentos de R$ 14 bilhões no Brasil.
Os rumores de privatização da Eletrobras Piauí não são mais novidade. Em 2013 o governo federal já dava sinais que pretendia negociar a empresa, juntamente com a companhia de Alagoas. As duas são atrativas por fazerem parte do Sistema Interligado Nacional (rede de linhas de transmissão que une praticamente todo o país).
Atrativa para empresas estrangeiras, desacreditada pelos consumidores locais. Em pesquisa divulgada na quinta-feira, a Eletrobras Piauí ficou em último lugar no Nordeste em satisfação. A companhia piauiense teve uma queda de 6% no índice de satisfação em relação ao ano passado, ficando apenas com 46,76%. O 2º pior desempenho foi a COELCE, do Ceará.
Os dados constam no Índice ANEEL de Satisfação do Consumidor (IASC 2015). No Piauí, foram 320 entrevistas realizadas pela empresa ZaytecBrasil, no período de 2 de junho a 17 de agosto de 2015. Divulgado anualmente pela ANEEL desde 2000, o IASC avalia o desempenho prestado por essas empresas em suas áreas de atuação com o objetivo de estimular a melhoria continua nos serviços.
Hérlon Moraes
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