01/11/2015

Presidente da ACP Luís Pessoa teme pelo futuro do Porto das Barcas



Caso se confirme a informação publicada na imprensa, de que o Complexo Cultural Porto das Barcas voltaria a fazer parte do patrimônio imobiliário do Estado, o presidente da Associação Comercial e Industrial de Parnaíba, Luís Pessoa, disse que teme pelo futuro do local, “que hoje é uma referência em todo o país”. Ele disse que toda aquela estrutura poderá ficar abandonada, como ocorre com o outro lado do Complexo, à esquerda, denominado “Porto Salgado”, onde velhos casarões degradados e destruídos servem para esconderijos de marginais, usuários de drogas e prostitutas. 

Segundo foi divulgado, o imóvel retornando ao controle imobiliário do Estado, fará parte de um conjunto de bens que estão sendo postos à disposição das Parcerias Público-Privadas (PPP).O presidente Luiz Pessoa disse desconhecer esta informação, “porque estivemos com o governador Wellington Dias nas solenidades do Dia do Piauí e ele não nos falou nada. Apenas fez referência a um conflito que estaria havendo com alguns artesãos que estariam em conflito, por questão de espaços, e haviam levado o assunto ao governo”, disse o presidente. 

Luiz Pessoa lembra que A gestão do Porto das Barcas está sob a responsabilidade da Associação Comercial desde 1990, uma concessão dada pelo ex-governador Alberto Silva, que “fez uma reforma básica num primeiro momento e a remoção dos ocupantes que estavam na área interditada. Depois o governador Wellington Dias fez outra renovação da concessão, que venceu e foi renovada”, declarou Pessoa. 


Luis Pessoa- Presidente ACP 

O presidente disse ainda que o comodato com o Governo do Estado “nos dá o direito de cobrar o aluguel dos pontos, a mesma coisa que ocorre com o Hotel Rio Parnaíba (também do governo). É com esse dinheiro do aluguel, que cobrimos nossas despesas, tudo com planilhas aprovadas pelos diretores da ACP. As despesas giram em torno de 3 mil e até 4 mil e quinhentos reais, com o que é pago o pessoal, troca de lâmpadas, manutenção dos banheiros e reposição de algum material”, frisou. 
O governador Wellington Dias, segundo a imprensa, instaurou um Processo Administrativo para anular o Termo de Cessão de Uso do Porto das Barcas, assinado em setembro de 2013 pelo ex-governador Wilson Martins, que tinha como vice-governador na época Zé Filho, que é de Parnaíba. A cessão é por 15 anos, podendo ser renovada. De acordo com o parecer mais recente da Procuradoria Geral do Estado (17/2015) existe a possibilidade de anular o Termo de Cessão para uma entidade de direito privado, não integrante da administração. 
  
Se o Porto das Barcas sair da administração da Associação Comercial o presidente teme que o local “se transforme no Porto Salgado de amanhã, onde as pessoas vivem em conflito. Hoje eu trato aquele local como se fosse nossa casa. Da iluminação do palco, à limpeza geral, colocação de portões para subir e descer até as lanchas, além de termos afastados os pedintes”, concluiu.

Fonte:Jornal "Tribuna do Litoral"

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