DIRETOR REVELA SITUAÇÃO caótica e levará o caso ao Ministro da Saúde Marcelo Castro
A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa esteve nesta 3ª feira na Maternidade Evangelina Rosa, em Teresina, a maior do Estado, e constatou que, o número de óbitos ali registrados vai além do que foi noticiado pela imprensa até aqui, inicialmente, em torno de 315 casos. As mortes, no entanto, chegariam a mais 500.
A informação foi repassada pela diretoria do hospital aos deputados. Segundo a cúpula do órgão, são dois tipos de óbitos: fetal e infantil. Somando os dois, o número passa de 500 só este ano.
Para o presidente da Comissão de Saúde, deputado Evaldo Gomes(PTC), “estamos diante de um quadro emergencial que requer toda atenção do poder executivo, porque está setransformando em calamidade. Algo tem que ser feito urgentemente”. O caso será levado ao governador Wellington Dias e ao ministro da Saúde Marcelo Castro.
RENOVAÇÃO
Os deputados saíram da maternidade com a certeza de que a casa está sucateada, abandonada e precisa rapidamente de uma reforma estrutural e física, ainda, de equipamentos e do aumento do seu quadro de pessoal clínico para atender a demanda.
AS MORTES MÊS A MÊS
Os dados fornecidos aos deputados revelam que temos 15 mortes por mês, entre fetais e infantis.
Mês a mês ficou assim:
Janeiro – 24 fetais e 38 infantis
Fevereiro – 25 fetais e 29 infantis.
Março– 17 fetais e 37 infantis.
Abril – 18 fetais e 18 infantis.
Maio – 32 fetais e 25 infantis.
Junho – 27 fetais e 21 infantis.
SEGUNDO SEMESTRE
Neste segundo semestre, sem incluir o mês de dezembro, que ainda não acabou, temos:
Julho – 18 fetais e 43 infantis.
Agosto – 21 fetais e 31 infantis.
Setembro – 19 fetais e 23 infantis.
Outubro – 17 fetais e 23 infantis.
Novembro 23 fetais e 23 infantis.
2014 TAMBÉM FOI ASSIM
O arquivo da maternidade mostra que essa situação se arrasta já há algum tempo.
Em 2014, a situação era idêntica. Entre infantis e fetais foram registrados, naquele ano, mais de 600 óbitos.
Fonte: 180 Graus