Deputados gastaram R$189.001.312,63 do chamado “cotão” em 2015 e nos primeiros 11 dias de 2016. Na lista com os 20 primeiros parlamentares a usarem o recurso, três são piauienses
De acordo com levantamento feito pelo site Olho Neles!, com base nos dadas disponibilizados pela Câmara Federal, os deputados gastaram R$189.001.312,63 do chamado “cotão” em 2015 e nos primeiros 11 dias de 2016. Na lista com os 20 primeiros parlamentares a usarem o recurso, três são piauienses. Deputados entre os que mais gastaram Foto: Montagem
O deputado federal Paes Landim (PTB) foi o que mais gastou entre os piauienses. No geral ele ficou em sexto lugar ao fazer uso de R$ 542.419,22. O deputado Assis Carvalho (PT) ficou na 14° posição ao usar R$ 493.565,80. O deputado Júlio César Lima também aparece na lista em 18° ao utilizar o valor de R$ 483.120,18 do chamado “cotão”.
A cota utilizada pelos parlamentares para o exercício da atividade é uma verba extra recebida por deputados e senadores para custear atividades do mandato. Encontra-se previsto em lei e não há irregularidade formal no uso desse dinheiro. O uso do “cotão” é regulamentado por um ato da Mesa Diretora da Câmara, de 2009, e o total mensal disponível para cada parlamentar varia conforme o Estado.
A verba pode ser usada para a contratação de advogados, consultorias, para a impressão de materiais de divulgação e também para custear despesas de combustíveis, passagens aéreas, hotéis e alimentação do congressista, entre outros gastos. O valor da verba vai de R$ 27.977,66 a R$ 41.612,80.
DIVULGAÇÃO E ESCRITÓRIOS NOS ESTADOS
As passagens aéreas foram o principal gasto dos parlamentares em 2015, consumindo R$ 46,6 milhões. Em seguida vêm as despesas com a divulgação do próprio trabalho quando eles gastaram R$ 37,9. Essa “divulgação'' se refere a publicações e outros materiais de propaganda produzidos pelos congressistas.
A manutenção de escritórios políticos nos Estados (R$ 20,02 milhões) também é um item popular no uso do dinheiro do “cotão''. Há também a locação de veículos (R$ 21,1 milhões) e a contratação de estudos e consultorias independentes (R$ 19,3 milhões).
Fonte: O Olho/Com informações do UOL.