A empresa "Soares", periciada pela Polícia Federal, no último dia 22, funcionava desde o final da década de 80 - precisamente desde 1987 - no bairro Bela Vista, zona Sul de Teresina. O delegado da Polícia Federal do Maranhão, Paravecini Neiva, disse hoje (27) ao Cidadeverde.com que no local ocorriam adulterações de medicamentos e o suspeito preso do crime afirmou que uma outra pessoa fornecia a ele o material, de hospitais do estado do Piauí
"Nós não sabemos até onde a história que ele nos contou é verdade. Inicialmente ele disse que uma pessoa tinha passado na porta da casa dele e vendido esse material, depois contou que alguém de um hospital do Piauí repassou esse medicamento. A forma de entrega seria deixando no lixão de Teresina", declarou.
No local onde grande quantidade de medicamento e material ciúrgico foi encontrado, não havia qualquer identificação de que lá existia um estabelecimento comercial. Foram apreendidas ainda seringas, material cirúrgico e aparelhos para exames oftalmológicos.
O delegado disse que a Polícia Federal atuou no caso devido à ação interestadual do homem, que foi preso em flagrante no dia 19 por crime de perigo ou risco à saúde de terceiros, descrito no artigo 132 do código penal. Até o momento, não há dados concretos de quantos hospitais teriam recebido no material.
"Ele, pelo que descreveu, fornecia principalmente para cidades menores, do interior do Maranhão e do Piauí. Ele disse que em geral oferecia a pequenos comércios, que vendem remédios mais comuns, como analgésicos e antitérmicos", declarou.
O homem confessou o repasse de medicamento adulterado e sem documentação fiscal a um hospital de Caxias (MA). O crime foi flagrado após fiscalização da Anvisa no Centro de Saúde de Caxias, que suspeitou de alteração no prazo de validade do material.
O suspeito está preso preventivamente e inquérito deverá ser concluído no início da próxima semana. Até o momento, somente o homem está sendo investigado suspeito de realizar os crimes. Investigações continuam para que algum possível comparsa seja identificado e preso.
Maria Romero
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