Diante da insatisfação de Dilma com Marcelo Castro, bancada já se movimenta para a troca; substituição será feita com aval de líder
Marcelo Castro está no cargo desde 5 de outubro Charles Sholl/Futura Press/Folhapress
Reprodução/Metro |
Por declarações, no mínimo polêmicas, sobretudo sobre a crise da microcefalia, Marcelo Castro pode estar com os dias contados no cargo de ministro da Saúde. A presidente Dilma Rousseff avalia substituí-lo logo após a escolha do novo líder do PMDB na Câmara, marcada para 17 de fevereiro. A possibilidade de vacância do cargo, no entanto, já desencadeia interessados no partido e intensa movimentação nos bastidores.
Dos 67 deputados da legenda, 10 são médicos de formação e, naturalmente, são nomes considerados, embora três tenham maior influência na bancada: Saraiva Felipe (MG), que foi ministro-tampão entre 2005 e 2006 no governo Lula, mas já teve o nome rejeitado por Dilma; Manoel Junior (PB), visto com ressalva por ser ferrenho defensor do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, no Conselho de Ética; e Osmar Terra (RS), que, embora seja da ala pró-impeachment, tem respaldo de entidades médicas.
Dilma pediu ao ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, para sondar nomes. A decisão será tomada junto com o novo líder: Leonardo Picciani (RJ) ou Hugo Motta (PB), que também é medico.
Mal-estar
Marcelo Castro vem perdendo força dentro do governo. As ações de combate à dengue, ao zika vírus e à febre chikungunya, que eram exclusivas do Ministério da Saúde, estão sendo compartilhadas com a Casa Civil.
Considerada dentro do governo como a gota d’àgua, a declaração do ministro afirmando que o Brasil ‘perde feio’ a batalha contra o Aedes aegypti teve repercussão negativa internacional.
“Creio que isto seria um pouco um enfoque fatalista, porque deve significar que poderíamos nos dar por vencidos e declarar a guerra perdida”, afirmou o porta-voz da OMS (Organização Mundial da Saúde), Christian Lindmeier.
Fonte: Band.com.br
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