03/03/2016

Delegado que bloqueou WhatsApp no Brasil avisa: pode acontecer de novo


Você se lembra de quando oWhatsApp foi bloqueado por pouco mais de um dia no Brasil? Foi um caos, com gente procurando alternativas, recorrendo a tecnologias como SMS e fazendo memes sem parar. Acontece que, com a recente recusa do mensageiro em fornecer mensagens trocadas entre presos por tráfico de drogas, o caso pode voltar a se repetir.

Quem afirma isso é o próprio responsável pelo bloqueio anterior, o delegado Fabiano Barbeiro. Foi ele quem solicitou a suspensão do WhatsApp no Brasil no fim de 2015. O policial participou de um debate na CPI dos Crimes Cibernéticos, na Câmara dos Deputados, e falou de novo sobre o caso.

Barbeiro disse que ele mesmo pode fazer nova solicitação, já que se diz indignado com a postura do WhatsApp. Ele entende que muita gente depende do aplicativo para trabalho, comunicação ou lazer, mas ressalta que a ferramenta pode ajudar a desvendar crimes. Para não invadir totalmente a privacidade, entretanto, ele defende um mecanismo de proteção de privacidade.

"Eu não consigo conceber o fato ou a alegação de que a empresa não tenha capacidade técnica de atender esse pedido. (...) O que eu acredito, sim, é que existem razões comerciais para que ela mantenha esta resistência. Eu não acho isso justo, não acho isto válido e não acho que isso deve se sobrepor às nossas leis", afirma.

Entenda a história:

O vice-presidente do Facebook na América Latina, Diego Dzodan, foi preso nesta semana após a rede social se recusar a fornecer mensagens do WhatsApp trocadas entre detidos por tráfico de drogas em Lagarto, no Sergipe. Depois de passar a noite em detenção, o executivo recebeu habeas corpus e foi liberado. A empresa já teria recebido multas diárias pesadas por se recusar a enviar as mensagens.

Segundo Barbeiro, a principal alegação do WhatsApp é que ele não armazena as conversas. Porém, o delegado diz que, quando as mensagens não são visualizadas, elas ficam sim armazenadas de alguma forma no telefone dos contatos.

Fonte: TecMundo

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