Com o objetivo de coibir a prática de crimes ambientais, o Governo do Estado do Piauí, por meio da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar), em parceria com o Batalhão de Policiamento Ambiental, realiza constantemente operações de combate ao tráfico de animais silvestres, interdição de dragas e comércio ilegal de madeira, além de outras práticas irregulares. No período de novembro de 2015 a janeiro de 2016, foram registrados diversos atos ilegais em todo o estado, que resultaram na aplicação de R$ 600 mil em multas.
“Nós percorremos todo o Piauí com o intuito de coibir e punir quem provoca danos ambientais ao estado. No último trimestre, realizamos ações de fiscalização nas cidades de Júlio Borges, Morro Cabeça no Tempo e Curimatá, no Sul do Piauí, onde combatemos o tráfico e comércio de aroeira. Na região dos Cerrados, verificamos desmatamentos irregulares e denúncias de caça. Na região Norte, fomos checar denúncias de barramentos de cursos d’água e de tráfico de animais silvestres, onde foram apreendidos mais de 250 pássaros que estavam em cativeiros. Nas cidades de Barras e José de Freitas, combatemos a atividade de caça e queimadas ilegais nas proximidades de plantação de cana-de-açúcar de uma usina de produção de açúcar e álcool”, afirmou Renato Nogueira, gerente de Fiscalização da Semar.
Renato explica que todos os infratores foram multados e notificados. Cada animal apreendido rende multa de R$ 500. Se a espécie for ameaçada de extinção, o valor é de R$ 5 mil por espécime. No caso das madeiras apreendidas, o corredor formado pelos municípios de Manoel Emídio e Floriano se configura como uma rota de transporte ilegal de produtos florestais. Nas duas cidades, foram apreendidas quatro cargas de madeira. A aroeira é a preferida pelos criminosos. Por ser muito resistente e durável, torna-se bastante cobiçada para a construção de currais, cercas e casas de fazenda. Quem realiza corte desta espécie, de maneira ilegal, poderá ser responsabilizado criminalmente. Além disso, o indivíduo que infringir a lei estará sujeito à multa.
Os veículos e equipamentos apreendidos durante as operações de fiscalização da Semar passam a ser bens do Estado e os proprietários se tornam fieis depositários, ou seja, os infratores ficam apenas com a guarda, não podem se dispor dos bens até a regularização da situação.
“A Semar vai continuar realizando operações para coibir o tráfico de animais silvestres, os barramentos irregulares em cursos d’água e demais crimes ambientais. O secretário do Meio Ambiente, Ziza Carvalho, já garantiu que estas ações serão intensificadas ao longo dos próximos meses”, conclui o gerente de Fiscalização da Semar.
Fonte: Meio Norte/Ascon