23/05/2016

Indústria do PI elimina 2,7 mil vagas e opera com 50% da capacidade, diz AIP

Único setor estável é de exportação devido a alta do dólar.Segundo o Caged, foram eliminadas 2.792 empregos entre janeiro e março.

Construção civil foi setor que mais desempregou trabalhadores no Piauí (Foto: Divulgação)

A situação das indústrias brasileiras não vem sendo favorável desde o ano de 2015 devido a crise econômica que se instalou no país. Segundo a Associação das Indústrias do Piauí (AIP), as indústrias piauienses estão operando com apenas 50% da sua capacidade de produção, gerando desemprego no setor. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que foram eliminadas 2.792 vagas de trabalho entre janeiro e março deste ano.

“A situação das indústrias brasileira e piauiense está muito difícil. Desde o ano passado estamos enfrentando uma crise muito forte e esse ano não vai ser diferente. Será mais um ano perdido com metade da produção e alto índice de desemprego”, disse Joaquim Costa, presidente da AIP, afirmando ainda que o ano de 2016 será perdido para o estado, assim como foi 2015.

Ainda de acordo com o presidente, já foram demitidos 40% dos trabalhadores e a área mais afetada está sendo a de construção civil. O único setor da indústria que vem se mantendo com uma produção normal é a de exportação devido a alta do dólar.

“A área de construção civil está sendo a mais prejudicada e a responsável pelo maior número de desemprego. Porém, o setor que está estável é o da exportação devido a alta do dólar. Quem trabalha, por exemplo, na feira de carnaúba vem conseguindo manter seu emprego”, afirmou

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), entre janeiro e março de 2016 foram demitidos 9.733 pessoas dos setores de indústria de transformação, serviço industrial de utilidade pública e construção civil. No mesmo período, foram admitidos 6.941, ou seja, foram eliminadas 2.792 vagas de trabalho.

Joaquim Costa revela que os prejuízos estão sendo inúmeros e uma reunião será feita na terça-feira (24) com o governador Wellington Dias para discutir medidas a fim de melhorar situação das indústrias do Estado.

“Alguns dos prejuízos que estamos enfrentando é que se não tem mercado, o estímulo do industrial fica abalado. Além disso, enfrentamos a alta taxa de desemprego e a não abertura de novas empresas. Eu espero que no encontro com o governador, ele nos apresente medidas para melhorar essa situação. O governo precisa junto com a Eletrobras dar uma energia de qualidade, urbanizar os distritos industriais, urbanizar nossas rodovias, investir em logísticas, entre outras questões”, explicou.

Fonte: G1 PI

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