05/07/2016

Professores protestam por reajuste salarial em Cajueiro da Praia

O sindicato da categoria ameaça não iniciar as atividades escolares no segundo semestre letivo na cidade.

Imagem: Divulgação/WhatsAppServidores protestam em Cajueiro da Praia

Os professores da educação municipal de Cajueiro da Praia foram às ruas em protesto contra a prefeita Vânia Ribeiro (PSB), nesta segunda-feira (04). A luta é pelo cumprimento do reajuste de 11%, referente ao piso salarial da categoria. 

As escolas do município iniciaram esta semana com as portas fechadas, sem alunos e principalmente sem professores, que prometem manter a paralisação no início do segundo semestre letivo. 

A presidente do Sindicato da categoria (SINDFUP), Elivânia Damasceno, informou que a greve foi definida em assembleia geral da classe, que recusa aceitar à proposta inicial de 8%, apresentada pela gestora. “Sem o reajuste de 11%, que já foi dado pelo o governo federal, até já foi depositado o complemento da União, de R$ 136.768,10, em 18 de maio de 2016 para se pagar esse reajuste, o segundo semestre letivo não começará, pois os professores estarão em greve", disse Elivania. 

Imagem: Divulgação/WhatsAppElivania Damasceno 

 A presidente SINDFUP denunciou que a perfeita Vânia Ribeiro mantém uma folha de gastos com pessoal que ultrapassa os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), tornando dificultoso o pagamento dos servidores concursados. “Está acima da realidade de vagas que o município necessita. A gestão da atual prefeita está sendo a pior para o magistério, perdendo somente para a gestão de seu esposo que deixou de 3 a 4 meses salários atrasados”. 

Imagem: Divulgação/WhatsAppServidores protestam em cajueiro da praia 
 
Outro lado

Em contato com o GP1, o secretário de administração do munícipio, Felipe Ribeiro, que é filho da prefeita Vânia, informou que foi apresentada aos servidores a planilha com a real situação da prefeitura. Segundo ele, o reajuste de 8% proposto está de acordo com a possibilidade que o município dispõe para arcar com os pagamentos dos servidores da educação, sobretudo porque os recursos são oriundos do Fundeb.

Imagem: Divulgação/WhatsAppFelipe Ribeiro

 “Foi apresentada a proposta de 8% para ser pago agora e o complemento dos outros 3% para ser pago a partir de janeiro do próximo ano, fechando o percentual desejado pelo sindicato. Os professores aceitaram muito bem a proposta, mas o sindicato está simplesmente fazendo politicagem sobre o assunto”, disse o secretário.

Felipe disse ainda, que o salário dos servidores é pago acima do piso nacional e está sendo mantido em dia. “Nós pagamos acima do piso salarial do magistério em nosso município, mesmo com as dificuldades da crise atual. Hoje estamos com os 60% da folha de pessoal fechada, e se fôssemos dar o que sindicato está cobrando, o nosso percentual de pagamento de professores subiria pra 86%, tornando inviável a situação financeira do município”, finalizou o secretário. 

FRANCISCO BARBOSA, DO GP1

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