A Procuradoria Geral do Estado (PGE) criou um grupo de trabalho para fazer um pente-fino nas liminares de candidatos reprovados em alguma fase de concursos da Polícia Militar, mas que entraram na corporação após consentimento da justiça. Segundo a procuradoria, são 35 casos.
“O grupo foi criado agora em razão desses dois casos recentes envolvendo liminares com exame psicotécnico. Nós temos hoje em torno de 35 casos e vamos fazer um pente-fino em todos esses processos”, afirma o procurador João Pádua Filho.
Os dois casos a que o procurador se refere envolve os policiais Allisson Watson Nascimento e Aldo Luis Barbosa Dornel. O primeiro confessou ter matado a namorada Camilla Abreu em outubro do ano passado. O outro participou de uma abordagem que terminou na morte da menina Emily Caetano, no feriado de Natal. Os dois foram reprovados no exame psicológico.
“O trabalho é para saber qual processo já tem liminar, qual o que não tem, qual a liminar já caiu, inclusive para despachar com magistrados e resolver essa situação de uma vez por todas”, ressalta o procurador.
Segundo João Pádua Filho, dois procuradores foram designados para atuar no grupo. “É algo interno da procuradoria. Já está criado o grupo de trabalho e durará o tempo que for necessário”, declarou.
Ainda de acordo com o procurador, a PGE quer colocar um ponto final sobre os casos. “Vamos fazer uma análise de forma completa e detalhada e despachar com o judiciário para saber as providencias que podemos adotar para derrubar essas liminares. Nosso objetivo é único: resolver de vez essa situação”, finalizou.
No caso de Aldo Luís Barbosa Dornel, o juiz Rodrigo Alaggio Ribeiro, da 1ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública, revogou, por sentença, no dia 6 de setembro de 2016, a liminar que anulava o exame psicológico e assegurava ao candidato a participação nas demais etapas do concurso público da Polícia Militar do Estado do Piauí. No entanto, a PM alegou que nunca foi notificada.
Hérlon Moraes
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