Adão José Sousa é acusado de ser o mandante do estupro coletivo ocorrido na cidade em 27 de maio de 2015, em que quatro garotas foram agredidas e uma das vítimas morreu.
Apenas juiz, defensores, MP, conselho de sentença e acusado estarão no local (Foto: Aniele Brandão/G1)
Acontece nesta terça-feira (27) no Fórum de Castelo do Piauí, 189 km de Teresina, o julgamento pelo Tribunal Popular do Júri de Adão José Sousa, 43 anos. Ele é acusado de ser o mandante do estupro coletivo ocorrido na cidade em 27 de maio de 2015, em que uma das vítimas morreu. Além dele, quatro adolescentes foram condenados pelo crime. Ele negou ter envolvimento com o crime.
O juíz Leonardo Brasileiro preside a sessão e o promotor Cesário Cavalcante é responsável pela acusação. Os defensores Darci Filho e Leandro Ferraz auxiliam o acusado. Como o caso corre em segredo de Justiça, o julgamento acontecerá a portas fechadas. A imprensa teve acesso ao local apenas antes do início.
Julgamento de Adão José Sousa acontece no Fórum de Castelo do Piauí (Foto: Lucas Marreiros/G1)
Primeiro, as três vítimas serão ouvidas na sessão. Até meio dia, duas delas já haviam feito seus relatos. Em seguida, será a vez das testemunhas, cinco de defesa e três de acusação. Falará então o acusado e depois a defesa e então o promotor responsável pelo caso. Por fim, o conselho de setença vai deliberar sobre a decisão. Não há previsão para o fim do julgamento.
De acordo com a decisão do juiz Leonardo Brasileiro, que fez a pronúncia de Adão José para que fosse julgado pelo Tribunal Popular do Júri, ele é acusado de homicídio, porte ilegal de arma de fogo, estupro e corrupção de menores contra três mulheres.
O crime
Em 27 de maio de 2015 quatro adolescentes foram agredidas, estupradas e arremessadas do alto de um penhasco de cerca de 10 metros de altura, na cidade de Castelo do Piauí. Uma das jovens morreu 10 dias após o ocorrido.
Adão José Silva Sousa está em cela isolada em penitenciária do Piauí (Foto: Fernando Brito/G1)
Quatro adolescentes foram condenados a cumprir medida socioeducativa por envolvimento nos crimes. Um deles foi assassinado pelos comparsas dentro de um alojamento no Centro Educacional Masculino (CEM), em Teresina.
No início das investigações, dois deles chegaram a confessar o crime, mas disseram posteriormente que a confissão teria ocorrido por conta de agressões que teriam sofrido de policiais. A Justiça afirmou que não existiam sinais de violência na época do fato denunciado.
Adolescentes são suspeitos de agredir até a morte Gleison Vieira (Foto: Ellyo Teixeira/G1)
Fonte: G1 Piauí