08/03/2018

Estação espacial da China está prestes a cair na Terra, mas ninguém sabe onde

Arte representando a estação espacial Tiangong-1
(Foto: Divulgação)

Um objeto espacial de 8 toneladas está em rota de colisão com a Terra, mas não é um asteróide. Trata-se da Tiangong-1, primeira estação espacial da China que deixou de funcionar em 2016 e deve cair na Terra em breve.


A Tiangong-1 foi colocada em órbita em 2011. O plano original era trazê-la de volta à Terra em 2013, após o lançamento da Tiangong-2, um módulo maior e que ainda é usado por astronautas chineses em diversos experimentos científicos.

No entanto, a plataforma não cumpriu o prazo e permaneceu em órbita, sem ser usada. Em 2016, surgiram informações de que a China havia perdido o controle da estação espacial, que poderia despencar para a Terra a qualquer momento.

Nesta semana, a Agência Espacial Europeia informou que a Tiangong-1 está realmente a caminho do solo e sem qualquer controle. A previsão é de que ela caia na Terra entre 29 de março e 9 de abril. O único problema é onde.

Ninguém sabe ainda qual será o local do impacto. Jay Melosh, um especialista da Universidade de Purdue, explicou ao CNET, porém, que há chances de que ele caia em algum lugar entre a região central dos Estados Unidos e o sul da Austrália.


O mapa acima foi fornecido pela Corporação Aeroespacial dos Estados Unidos, que está rastreando a trajetória da Tiangong-1. Toda a região pintada de verde é onde Tiangong-1 pode cair. No entanto, é mais provável que o impacto se dê nos extremos, identificados pelas duas faixas amarelas no mapa.

"É como um pêndulo: ele passa mais tempo nos limites do vai-e-vem do que em alta velocidade", explicou Melosh. De acordo com a Agência Espacial Europeia, porém, só poderemos saber o local da queda com o mínimo de precisão sete horas antes do impacto.

De acordo com o entidade, é tempo suficiente para preparar uma missão de resgate dos destroços, seja em alto mar ou em terra firme. Vale lembrar que a maior parte da Tiangong-1 deve ser destruída durante a reentrada devido ao atrito com a atmosfera.

Fonte: Olhar Digital

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