17/12/2018

Médico diz que mau funcionamento de geladeira do IML de Parnaíba prejudica identificação de corpos

Denúncias surgiram sobre o problema e direção diz que IML tem retaguarda de Teresina.

IML de Parnaíba. — Foto: Kairo Amaral/TV Clube

O médico legista Charles Pitter, que atua há cinco anos em Parnaíba, litoral do Piauí, diz que o mau funcionamento das geladeiras do Instituto Médico Legal (IML) da cidade prejudica o trabalho da equipe. Policiais civis denunciaram o problema nesta semana e o diretor de Polícia Técnico Científica, Antônio Nunes, informou que o local possui câmara fria e recebe apoio de Teresina.

De acordo com Charles Pitter, o problema começou com constantes oscilações de energia que danificaram a geladeira do IML. Ele diz que o local possui uma geladeira com capacidade para seis corpos. Depois disso, os equipamentos passaram a não funcionar de forma adequada.

“Estamos agora com problema para garantir a manutenção da geladeira, porque não está refrigerando corretamente. O que estamos tentando fazer é liberar os corpos mais rapidamente para não haver prejuízos”, disse ele.

Charles Pitter, médico legista. — Foto: Kairo Amaral/TV Clube

Contudo, corpos sem identificação apresentam o maior desafio, porque precisam aguardar mais tempo por familiares que façam o reconhecimento.

“Quanto mais tempo sem conservação, mais rápido o corpo se decompõe e dificulta as análises e até esconde lesões que seriam mais fáceis de ser vistas com o corpo conservado”, explicou o médico.

O problema, segundo ele, já existe há seis meses e dois corpos, de uma mulher e de um homem, foram removidos neste fim de semana para Teresina, devido ao problema.

Em nota, o diretor Antônio Nunes informou que denúncias de que os corpos estariam “apodrecendo” no IML são falsas e que o local possui câmara fria, recebeu vários investimentos nos últimos anos e tem a retaguarda do IML de Teresina.

Veja a íntegra da nota:

Diretor fala sobre problemas no IML de Parnaíba. — Foto: SSP-PI
Diretor fala sobre problemas no IML de Parnaíba. — Foto: SSP-PI

Fonte: G1 PI

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