A foto de um gato próximo ao um bebê internado em uma UTI neonatal está gerando muita polêmica no Piauí. O registro teria sido feito por um médico na Maternidade Dona Evangelina Rosa que teria denunciado o descaso no local.
A maternidade enfrentou nos últimos anos uma série de problemas que incluíram a estrutura precária, atrasos salariais e o alto índice de mortalidade. O local chegou a ser interditado pelo Conselho Regional de Medicina do Piauí.
Ao 180, a assessoria da maternidade informou que desconhece esse espaço na unidade hospitalar, mas mesmo assim, está realizando uma investigação através das câmeras de segurança da casa.
"Também foi solicitada um perícia para revelar se trata-se de uma montagem. Como todas as crianças aqui internadas são de responsabilidade da Evangelina Rosa, lembramos, ainda, que segundo o Estatuto da Criança de do Adolescente (ECA) – é crime publicar imagens de crianças e adolescentes", informou a nota.
O deputado estadual Gustavo Neiva (PSB) chegou a se manifestar sobre o caso. "Uma tristeza ver esse tipo de descaso na principal maternidade do nosso Estado. Esperamos que a direção tome as devidas providências para que casos como esse não voltem a acontecer e coloque em risco a vida de recém-nascidos, tendo em vista que não se sabe a procedência do animal e o local ser restrito para profissionais".
Confira o esclarecimento da maternidade
Sobre a denúncia de um gato ao lado de um bebê prematuro, supostamente na Maternidade dona Evangelina Rosa ( MDER), a Instituição esclarece que desconhece esse espaço na Unidade Hospitalar, mesmo assim, pelo nosso compromisso com a transparência e em respeito a outros meios de comunicação que tiveram acesso às imagens, estamos realizando uma investigação através das câmeras de segurança da Casa. Também foi solicitada um perícia para revelar se trata-se de uma montagem.
Como todas as crianças aqui internadas são de responsabilidade da Evangelina Rosa, lembramos, ainda, que segundo o Estatuto da Criança de do Adolescente (ECA) – é crime publicar imagens de crianças e adolescentes, mais grave ainda em situação delicada de um bebê prematuro, que inspira cuidados, internado em uma Unidade Hospitalar. Outro fato , não menos grave, é a utilização de aparelhos de celular ou câmeras fotográficas dentro das instalações da Maternidade onde se manuseiam pacientes. Pesquisas revelam que telefones carregam 10 vezes mais bactérias do que a maioria dos assentos de banheiro. Um outro estudo encontrou mais de 17 mil genes bacterianos em telefones .Se uma pessoa estiver com alguma doença infecciosa, como uma gripe ou um resfriado, e tossir na mão antes de mexer no celular ou tocar no telefone de um colega, o vírus pode se espalhar rapidamente, contaminando diversos indivíduos, fato que a diretoria da Maternidade tem demonstrado preocupação, no sentido de preservar a saúde dos bebês.
Fonte: 180