A apreensão foi feita pela Delegacia do Menor Infrator na casa da avó do adolescente, no bairro Ilhotas, Zona Sul da capital. A vítima, Mikaela, de 25 anos, perdeu um olho devido ao ferimento.
Prisão foi feita pela Delegacia do Menor Infrator em Teresina — Foto: Gilcilene Araújo/G1
Um adolescente de 13 anos foi apreendido nessa sexta-feira (10) suspeito de balear uma travesti no rosto em Teresina. De acordo com a Polícia Civil, o menor trabalhava como "soldado do tráfico" e teria atirado na vítima no dia 2 de fevereiro deste ano no Centro da capital devido a uma dívida de droga.
A apreensão foi feita pela Delegacia do Menor Infrator na casa da avó do adolescente, no bairro Ilhotas, Zona Sul da capital, após investigação do Grupo de Apoio Operacional (GAO) da Polícia Civil. Segundo o coordenador do GAO, Joatan Gonçalves, a família do menor tem envolvimento com o tráfico de entorpecentes.
“Vários membros da família já foram presos ou investigados por conta de tráfico de drogas. A investigação desse caso foi passada para o GAO pela Delegacia Geral e depois nós passamos para a delegacia do menor, já que o autor do disparo é um adolescente”, explicou Joatan Gonçalves.
O menor foi levado para uma unidade socioeducativa do estado onde ficará à disposição da Justiça enquanto responde pelo ato infracional análogo ao crime de tentativa de homicídio.
Vítima perdeu um olho
Mikaela precisou retirar olho durante cirurgia — Foto: Arquivo Pessoal
Mikaela, 25 anos, foi encontrada na noite do dia 2 de fevereiro de 2019 caída com um tiro no rosto próximo ao quartel do Corpo de Bombeiros, na Avenida Miguel Rosa, Centro de Teresina. A família da vítima contou ao G1 que, devido à gravidade do ferimento, o olho dela teve que ser retirado durante cirurgia dias após o crime.
"Ela passou por cirurgia e perdeu o olho, que ficou deteriorado com o tiro. A Mikaela passa bem, está consciente, conversando com a gente, mas não contou nada do crime, como aconteceu ou quem foi o autor do disparo", disse a irmã Camila Monteiro.
Camila ficou sabendo que Mikaela tinha sido baleada por uma amiga da travesti. Segundo a irmã, a jovem já não morava com a família e passava um tempo sem dar notícias, chegando às vezes a morar na rua.
"Fui avisada que a Mikaela estava morta, então fui ao IML e o nome dela não estava entre os corpos. Então me aconselharam a procurar o HUT e ela estava lá na UTI. Desde que soubemos, estamos acompanhando a investigação e minha mãe fica com ela no hospital", lamentou a irmã.
Fonte: G1 PI