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09/06/2020

DHPP investiga morte de paciente após agressão no hospital psiquiátrico Areolino de Abreu

Foto: arquivo Cidadeverde.com

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga o caso de um paciente que morreu após ser agredido dentro do hospital psiquiátrico Areolino de Abreu, em Teresina. Francisco José da Silva Costa, 55 anos, foi golpeado com um pedaço de madeira e veio a óbito após cerca de um mês internado. 

O delegado Genival Vilela, que investiga o caso, conta que um outro interno do hospital é suspeito de ter praticado o homicídio. 

"Ele veio a óbito no fim semana e fomos comunicado pelo IML. O interno que morreu já estava lá há três anos e teria sido morto um outro interno. Abrimos um inquérito policial para apurar o caso, a investigação está no início e não posso dizer ainda se houve negligência por parte do hospital", explica Vilela. 

O interno morto cumpria medida de segurança no hospital após ser condenado a 18 anos. O motivo da condenação não foi informado.

O delegado ressalta que solicitou perícia médica para atestar se o suspeito tinha ou não discernimento dos seus atos para, se for o caso, indiciá-lo ou apenas imputar a autoria do fato, uma vez que ele também teria transtorno mentais e não pode ficar recluso em um presídio comum. 

"Vou pedir perícia médica que vai responder a alguns quesitos como, por exemplo, se ele tinha discernimento ou não do que estava fazendo. Sendo comprovado problemas mentais de modo a afetar seus atos, ele sofre medida de segurança, uma espécie de pena para quem tem problemas mentais que será cumprida em um estabelecimento adequado", explica Vilela. 

O interno suspeito permanece no hospital psiquiátrico. 

Por meio de nota, a direção do Hospital Areolino de Abreu informou que após o episódio de espancamento ocorrido na unidade há cerca de um mês, e que resultou na morte de um interno no último sábado (06) após o mesmo ser internado no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), a diretoria tomou as medidas administrativas cabíveis aumentando a vigilância dos internos dentro das dependências da unidade para impedir novas situações como essa. A diretoria informou também que ainda não foi contatada pela polícia a cerca de uma investigação sobre o caso, mas assim que o contato for feito a unidade prestará total assistência nas investigações caso seja solicitada.

Graciane Sousa
gracianesousa@cidadeverde.com

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