Segundo Werton Costa, climatologista da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), é necessário ingerir líquidos com frequêcia, usar roupas leves e abusar do protetor solar para se proteger.
Piauí deve passar por onda de calor extremo até o fim de novembro, diz climatologista — Foto: Márcio Silveira/EPTV
O Piauí deve enfrentar uma onda extrema de calor a partir do mês de outubro, segundo o climatologista da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) Werton Costa. A previsão é que a incidência de radiação solar e a passagem de uma massa de ar seco potencializem a temperatura no estado.
De acordo com Werton Costa, a retirada de vegetação, a quantidade de estruturas de concreto e asfaltos são fatores humanos que contribuem para a concentração de radiação e aumento da sensação de calor.
"Quando essas massas de ar, que nesse período são predominantemente secas, se movimentam, tendem a aumentar a pressão e as áreas que registram os maiores picos de calor são aquelas que recebem uma grande quantidade de radiação solar, que é agravado pela concentração dessas massas", explicou.
O climatologista afirmou que com o aumento dessas massas há uma percepção de calor devido ao aquecimento do ar.
Acima dos 40°C
Segundo Werton Costa, os maiores picos de temperatura vão ser registrados já no final de setembro e devem seguir até a metade de novembro. No Piauí, as cidades mais distantes do mar vão sentir mais os efeitos do calor extremo.
"Esse tipo de ar seco impede a entrada de nuvens de chuva e existe uma tendência de deixar a temperatura extremamente desagradável", disse o climatologista.
O especialista explicou ainda que mesmo que algumas cidades não cheguem aos 40° C a sensação térmica será de calor intenso.
"Cada cidade tem suas especificidades. Pedro II, por exemplo, se chegar a 38°C já é brutal para ela, porque é uma cidade acostumada com temperaturas mais suaves", disse.
Como driblar o calor
Durante seca no Piauí, especialistas recomendam beber muita água. — Foto: Agência Brasília/Divulgação
Neste período, é importante que sejam adotadas estratégias para diminuir os efeitos da baixa umidade do ar dentro e fora de casa.
Conforme Werton, a situação de umidade deve perdurar até a passagem dos meses de calor intenso na região Nordeste.
"A recomendação é usar roupas leves e de tons claros, evitar atividade física após as 10h e antes das 16h, pois existe uma tendência do corpo perder mais água nesse horário", recomendou o climatologista.
Werton recomenda manter o corpo continuamente hidratado. "De preferência com água, mas sucos e frutas também são uma opção. O uso de protetor solar nesse período também é indispensável", orientou.
Fonte: G1 PI
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