Pesando em torno de 100 kg quando adultos o peixe precisa ser retirado do mar por dois homens. As escamas do camuripim são retirada com a pá do remo e são usados por artesãos para diversos trabalhos.
Veja o vídeo:
Na colônia de pescadores da praia da Pedra do Sal, em Parnaíba, no litoral piauiense, os homens saem em suas pequenas canoas rústicas feitas de madeira. Usam a força do vento em suas velas e um leme e remos também de madeira para direcionar o barco.
No alto mar da praia da Pedra do Sal, ancoram o barco e iniciam a pescaria que é feita geralmente em grupos de até cinco canoas cada uma com quatro homes. Alguns desses barcos são tripulados pela família, marido mulher e filhos maiores que desde muito jovens se iniciam nesta atividade.
Esses trabalhadores exercem uma das atividades mais perigosa e se utilizam apenas de meios artesanais e mostram toda sua destreza na captura do Camurupim, o peixe mais valioso dessa colônia de pescadores, pelo seu tamanho e valor de mercado. A pesca é feita de anzol, não é predatória.
CAMURUPIM - Megalops atlanticus é uma espécie costeira popularmente conhecida no Brasil como pirapema ou camurupim e em inglês como tarpon, sendo encontrado desde o Amapá até a região norte do Espírito Santo, habitando os canais de mangue e águas fluviais que desembocam no mar quando juvenis (áreas de baixa salinidade) e costa em geral durante a fase adulta. Os exemplares menores vivem em grandes cardumes, ao passo que os maiores em pares ou solitários. Existem registros de exemplares com mais de 100 kg. Sua dieta consiste principalmente de pequenos peixes e crustáceos.
O camurupim é capaz de encher sua bexiga natatória com ar, de forma semelhante a um pulmão primitivo. Assim, esse peixe consegue sobreviver em ambientes com baixo nível de oxigênio na água.
Fonte: Jornal da Parnaíba