Sete suspeitos de roubo de carga com grande valor comercial foram alvos de operação do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco). Entre os investigados há um metalúrgico e um cabo da Polícia Militar do Piauí que era lotado do Quartel Comando Geral (QCG). Um segundo PM- assassinado em julho deste ano- também teria participação no esquema criminoso.
Os presos são investigados na tentativa de roubo de uma carga de cobre da Equatorial Piauí, avaliada em R$ 1 milhão, o roubo de uma carga de celulares de uma transportadora [ambos em abril], além de golpes em pessoas que buscavam um site de compra e vendas para comercializar veículos. O inquérito policial é presidido pelo delegado Laércio Evangelista.
Eles foram identificados como Edvaldo Gomes Silva (cabo da PM), Paulo Henrique Costa Dias, vulgo Paulo Pintor (metalúrgico), Charles da Silva Albuquerque, Francisco Marcelo de Sousa, Wellyton de Sousa , Railton Uchôa de Carvalho e Francisco Miguel Vieira.
"Os suspeitos que participaram do caso da Equatorial usaram fardas da Polícia Militar e entraram lá para roubar a carga de cobre, mas como tinha muito monitoramento, eles desistiram e roubaram coletes e revólveres dos seguranças” explicou o delegado Tales Gomes, coordenador do Greco.
Delegado Tales Gomes, coordenador do Greco/Foto: Roberta Aline/ Cidadeverde.com
O delegado também individualizou a participação de cada suspeito. O PM, por exemplo, é suspeito de participar diretamente da organização dos roubos.
"Ele diz que sabia das ações criminosas, mas nega participação", reitera o delegado.
Os suspeitos identificados como Charles da Silva Albuquerque e Francisco Marcelo de Sousa seriam responsáveis por comprar carros pela OLX.
"Mediante estelionato, eles compravam os carros que eram repassados ao grupo criminoso para que realizasse os roubos. Eles pegavam esses carros com a pessoa que estava anunciando pela internet, mas não pagavam e sumiam com o carro", explica Tales Gomes.
"Dos suspeitos, apenas o cabo da PM e metalúrgico foram presos hoje (02). Os mandados de prisão dos demais foram cumpridos no sistema prisional onde já se encontravam recolhidos. Há mais investigados", disse o delegado Laércio Evangelista, presidente do inquérito policial.
O Greco disponibiliza o telefone 86 99991-0455 para denúncias anônimas.
Graciane Sousa
gracianesousa@cidadeverde.com
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