Familiares não foram orientados de que, em caso de morte natural, a própria família deve providenciar a remoção do corpo até o Serviço de Verificação de Óbito (SVO).
Revoltados, moradores fizeram protesto queimando pneus em rua na Zona Norte de Teresina — Foto: Reprodução
Uma família esperou mais de 8 horas pela remoção do corpo de um familiar que faleceu na tarde de domingo (30), no bairro Mocambinho, Zona Norte de Teresina. Jean Carlos Feliz Fernandes, 42 anos, morreu por volta das 14h e seu corpo permaneceu em uma calçada até as 22h, quando a família decidiu removê-lo por contra própria.
A situação revoltou moradores, que se manifestaram queimando pneus e a Polícia Militar teve que negociar para conter o protesto. Os manifestantes criticavam o Instituto Médico Legal (IML), sem saber que o instituto não é responsável pela remoção de corpos em casos de morte natural.
"A atribuição do IML é a da Polícia Civil, ou seja, crimes. No caso, violência ou suspeita de violência e causa externa. Mortes presumidamente naturais não são com o IML", explicou o diretor do órgão, Antônio Nunes, ao G1.
Nesses casos, a família deve acionar um serviço funerário para a remoção do corpo, que é levado para o Serviço de Verificação de Óbito (SVO), no Hospital Getúlio Vargas, Centro da capital.
No caso de Jean Carlos, o corpo chegou ao SVO por volta das 23 horas e só foi liberado após as 7h desta segunda-feira (30), isso porque o horário de funcionamento do serviço é das 7h às 19h.
O SVO informou ao G1 que a vítima vivia em situação de rua e que houve demora para identificar a família após a morte. Os familiares teriam ainda, segundo o serviço, demorado para acionar uma funerária. "O corpo chegou após o horário de funcionamento, mas, ainda assim, foi recebido", informou.
Fonte: Portal G1 PI
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