Três adolescentes, de 13, 15 e 17 anos, foram vistas em flagrante descascando mandioca para ser processada, atividade relacionada na Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil
Segundo as investigações, foram cinco meses de trabalho ininterrupto (Foto: Reprodução/Uol)
Nesta semana, aconteceu o resgate de três adolescentes em situação análogas às de escravidão em uma casa de farinha no município de Marcolância, à 420 km de Teresina. A operação contou com a participação de auditores fiscais do Ministério do Trabalho, procuradores do Ministério Público do Trabalho e do Ministério Público Federal, agentes da Polícia Federal e um membro da Defensoria Pública da União.
De acordo com as informações, as três adolescentes, de 13, 15 e 17 anos, foram vistas em flagrante descascando mandioca para ser processada, atividade relacionada na Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil.
A operação do grupo especial de fiscalização móvel, verificou a situação de oito farinheiras em Marcolândia (PI) e Ipubi (PE). Em apenas uma delas foi caracterizada escravidão contemporânea devido à degradação do trabalho das adolescentes. Mas sete das oito empresas tiveram seu maquinário interditado por conta da falta de segurança.
De acordo com o auditor fiscal do trabalho, Claudio Secchin, que coordenou a operação, cada uma descascava, usando faca e raspador, cerca de quatro tonéis por dia, ajoelhadas, sentadas num toco de madeira ou encostadas na parede. Elas mudavam de posição a cada tanto devido à posição desconfortável e as dores do esforço repetitivo.
Conforme a operação, cada uma das adolescentes recebeu R$ 8620,00 em verbas rescisórias e dano moral individual. E terão direito a três meses do seguro-desemprego especial pago a resgatados do trabalho escravo no Brasil desde 2003. Os empregadores firmaram Termo de Ajuste de Conduta com o Ministério Púbico do Trabalho, comprometendo-se a se adequar à legislação.
Via Portal Oito Meia
Com informações do Uol