O Piauí registrou a menor taxa de desocupação desde 2016, com uma taxa de 11,9% de desocupados, segundo a Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em grande parte, conforme análise do instituto, essa queda pode estar relacionada ao aumento de 13% nos empregos informais.
A taxa de desocupação do Piauí (11,9%) ficou abaixo da média apresentada para o país (14,2%), e é a menor do Nordeste e a 16ª maior do país. A maior taxa de desocupação foi a do estado de Pernambuco (19,3%) e a menor a de Santa Catarina (5,3%).
A taxa mais alta da série histórica no estado – registrada desde 2012 – foi a do segundo trimestre de 2021, com mais de 15% de desocupação no estado. Este dado diz respeito a pessoas com mais de 14 anos que não estavam empregadas formalmente e nem informalmente.
No trimestre seguinte, a redução foi de cerca de 3 pontos percentuais, caindo para 11,9%. A taxa não era tão baixa desde o 4º trimestre de 2016, quando o índice foi de 8,6%. As menores taxas da série histórica foram de 6% em 2012 e 2014, nos terceiro quarto trimestres dos dois anos, respectivamente.
Aumento de 13% da informalidade
“No terceiro trimestre de 2021, a recuperação do mercado de trabalho no Piauí veio estreitamente ligada a um aumento da atividade informal. Chama a atenção o aumento de pessoas trabalhando no setor privado da economia, sem carteira de trabalho assinada, que saltou de 188 mil pessoas ocupadas no segundo trimestre de 2021, para cerca de 213 mil pessoas, um aumento de 25 mil pessoas na ocupação, o equivalente a uma elevação de 13,1% entre os dois trimestres”, informou o IBGE.
O Instituto informou ainda que foi destaque o aumento de pessoas que trabalham por conta própria sem registro de sua atividade no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) da Secretaria da Receita Federal.
Passou de 356 mil pessoas no segundo trimestre de 2021 para cerca de 383 mil pessoas, um aumento de 27 mil pessoas a mais nesse segmento de atividade, o que equivale a uma elevação de 7,6% no período.
Comparando o aumento com o trimestre do ano passado, este chegou a 25%. Isso porque era maior o efeito das restrições sanitárias por conta da pandemia da Covid-19. O total saltou de 306 mil pessoas ocupadas para 383 mil pessoas, um aumento de 77 mil pessoas ocupadas no período.
Principais atividades com aumentos da ocupação
O crescimento da ocupação teve concentração em setores da economia, como o setor do comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, que tinha 238 mil pessoas ocupadas no segundo trimestre de 2021 e passou para 266 mil pessoas, um aumento de 28 mil pessoas, o equivalente a 11,6% de aumento.
Na sequência, aparece o setor de alojamento e alimentação, que tinha cerca de 53 mil pessoas ocupadas no segundo trimestre de 2021 e passou para 73 mil pessoas ocupadas, um aumento de 20 mil pessoas, o que equivale a uma elevação de 36,1%.
Outro destaque foi o setor da indústria geral, que apresentava 72 mil pessoas ocupadas no segundo trimestre de 2021 e passou para cerca de 90 mil pessoas, um aumento de 18 mil pessoas, o equivalente a uma elevação da ordem de 24,8%.
Desocupação no Brasil
No país, a taxa de desocupação ficou em 12,7%. A menor desde o primeiro trimestre de 2020, quando a taxa chegou a 12,6%. No trimestre seguinte, contudo, os desocupados eram quase 15% da população acima dos 14 anos no Brasil.
O menor percentual de desocupados na população brasileira desde o início da série história foi registrado nos três últimos meses de 2013: 6,3%.
Fonte: G1/PI
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