Acionada pelo próprio presidente do clube, Delegacia Especializada de Crimes Contra a Ordem Tributária abre inquérito e começa a ouvir atletas sobre suspeita de fraude no estadual
Escudo Flamengo-PI — Foto: Divulgação/EC Flamengo
A Delegacia Especializada de Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Contra as Relações de Consumo (Deccoterc) começou a investigar as denúncias feitas pelo presidente do Flamengo-PI Rubens Gomes sobre suposta venda de resultados do clube no Campeonato Piauiense. O delegado coordenador da unidade João José Pereira, o JJ, confirmou a informação nesta terça-feira.
De acordo com JJ, cerca de 10 jogadores foram ouvidos nas últimas 48h. O técnico Marco Antônio Dos Santos, o Marcão, também prestou depoimento. O preparador físico Aquino Da Silva foi ouvido pelo delegado.
- (Investigação) Começou está com três dias. Tivemos a informação que estaria acontecendo casa de apostas, isso está acontecendo em Pernambuco e Ceará. E isso poderia estar acontecendo aqui por conta dos resultados. Está no nascedouro, ainda não tenho provas palpáveis. Estamos na fase de oitivas – declarou JJ ao ge.
O Flamengo-PI é o lanterna do Campeonato Piauiense e somou apenas um ponto em 10 jogos disputados. A equipe pode ser rebaixada no estadual nesta terça-feira, quando enfrenta o Parnahyba pela 12ª rodada, em Teresina.
Camisa Flamengo-pi — Foto: Renan Morais
O presidente do Rubro-Negro Rubens Gomes acionou a Polícia Civil no dia 8 de março e apresentou à Deccoterc indícios de uma suposta ligação de atletas com esquema de venda de resultados.
O dirigente entrou em atrito com os atletas, que paralisaram as atividades no CT Toca do Rato ao alegarem atraso no pagamento de salários, fato contestado e negado pelo presidente.
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- Se não houve treino, não sei o motivo. Mas que teve 10 jogadores, isso aconteceu. Entre a manhã e à tarde. São jogadores. Ouvimos o treinador do Flamengo-PI, o preparador físico e pode ter mais gente – antecipou o delegado.
De acordo com os procedimentos da Polícia Civil, o inquérito pode ser concluído em até 30 dias com possibilidade de prorrogação do prazo. Após este período, a polícia deve encaminhar os autos ao Ministério Público do Piauí, que pode recomendar o indiciamento dos envolvidos ou a devolução do caso à Deccoterc para nova apuração.
Fonte: Globoesporte.com,PI
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