Gildo Inácio da Silva tem vários processos criminais, entre eles, o roubo ao banco de Luzilândia, que resultou na morte do gerente, e o resgate de presos do 22º Distrito Policial.
Bandidos fazem cinco reféns e explodem banco em Miguel Alves; agência ainda tem bombas — Foto: Divulgação/PMPI
Gildo Inácio da Silva, conhecido como Bicudo, e o seu comparsa Wesley Bruno da Silva Oliveira foram condenados a 7 anos e 8 anos de reclusão em regime fechado, respectivamente. Eles são acusados do roubo ao Banco do Brasil de Miguel Alves, no Piauí, e carros-fortes em outros estados.
A decisão foi do juiz Diego Garcia Oliveira, da Vara Única de Taperoá, Paraíba. Outros dois acusados dos crimes, Aldenoaldo Akves de Brito e Edson Alves de Lima, também foram condenados a 3 anos e o outro a 1 ano de reclusão, porém o magistrado concedeu liberdade provisória aos réus.
O roubo ao Banco do Brasil de Miguel Alves ocorreu em outubro de 2020. Na época, bandidos armados com fuzis e explosivos arrombaram e explodiram terminais de autoatendimento do banco e fizeram moradores reféns. Os criminosos foram presos em setembro do ano passado, escondidos com armas e explosivos em um sítio na cidade de Livramento, no Cariri da Paraíba, e em seguida transferidos para Teresina, no Piauí.
"Conforme exposto na sentença e na decisão que decretou a prisão preventiva dos acusados, Gildo e Wesley são reincidentes e respondem a processos/investigações em vários estados. Os réus, nos seus interrogatórios, confirmaram que eram foragidos devido a prática de crimes em outros estados. Portanto, persistem os fundamentos da prisão preventiva, sendo necessária a sua manutenção", alegou o juiz.
Conforme a investigação, Gildo Inácio seria o líder do grupo criminoso que invadiu a cidade de Miguel Alves e roubou o Banco do Brasil, em modalidade conhecida como Novo Cangaço. Bicudo, como é conhecido, responde a 70 processos criminais, entre eles, o roubo ao banco de Luzilândia em 2011, que resultou na morte do gerente, e o resgate de presos do 22º Distrito Policial.
Entenda o caso
O crime ocorreu no dia 4 de outubro de 2020, quando cerca de 10 homens com fuzis e explosivos arrombaram e explodiram o caixas eletrônicos do Banco do Brasil. Na ação, moradores foram feitos reféns e liberados minutos depois, a 1 km da agência.
Um dos assaltantes foi morto em troca de tiros com a Polícia Militar entre os municípios de União e Miguel Alves. Quatro dias depois, um morador morreu durante confronto entre assaltantes do banco e a polícia.
Foram 12 dias de buscas pelos assaltantes. Outro suspeito foi preso na zona rural de José de Freitas após fazer uma mulher refém e matar um morador atropelado durante a fuga.
Em dezembro de 2020, o suspeito de participar no roubo, José Anderson, foi preso pelo Greco escondido no bairro Poti Velho, Zona Norte de Teresina.
Fonte: Portal G1 PI