Foto: Arquivo/Cidadeverde.com
Dez testemunhas de defesa e acusação foram ouvidos durante audiência da 6ª Vara Criminal da Comarca de Teresina sobre o caso do estudante de medicina Marcos Vitor Aguiar Dantas Pereira, 22 anos, indiciado por estuprar quatro crianças, sendo duas delas suas irmãs. O estudante está foragido há sete meses.
Em entrevista ao Cidadeverde.com, Priscila Karine, mãe de uma das vítimas, de 13 anos, explicou que a audiência foi realizada de forma online e como testemunha de acusação estava ela, sua irmã e sua mãe.
Já como testemunhas de defesa estavam o pai, mãe e ex-namorada do estudante, sua avó paterna, seu avô materno, além do irmão do pai e outra mulher.
De acordo com Priscila Karine, essa foi a primeira audiência desde a denúncia dos estupros feita no dia 31 de agosto, na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).
Priscila Karine contou que o sentimento durante a audiência foi de nojo e impunidade. Ela relatou que chorou bastante durante a leitura das acusações.
“O sentimento de impunidade… De ser tida como louca, caluniadora, quando tem provas dele confessando, dos danos que causou as meninas. Tudo isso é terrível, terrível brigar pra ter justiça, brigar pra que nossas crianças sejam ouvidas e os familiares dele saindo em defesa dele é assustador pra sociedade… Porque essa família toda é doente, afinal duas das vítimas são netas, sobrinhas e filhas dessas pessoas e ainda assim escolheram defender e esconder um bandido que roubou a inocência de várias crianças. Chorei rios quando o juiz leu as acusações e vendo aquele povo na defesa dele foi ainda pior”, contou.
O caso
Marcos Vitor Aguiar Dantas Pereira foi indiciado no dia 15 de outubro, como suspeita de quatro estupros contra suas duas irmãs – uma de 3 anos e outra de 9 anos, filhas de sua madrasta, e duas adolescentes do mesmo grupo familiar.
Em entrevista à TV Cidade Verde, Priscila Karine contou que os abusos com sua filha aconteceram dos 5 aos 10 anos, em várias situações. Segundo relatos da filha, os abusos aconteciam em casas de familiares e até mesmo durante viagens em família, dentro de hotéis. O conteúdo do depoimento de uma das irmãs do estudante chocou os familiares.
O advogado Rodrigo Araújo, que acompanha a família, contou que o caso foi descoberto ainda na metade do mês de julho, mas que foi denunciado à DPCA no dia 31 de agosto. Segundo ele, o estudante já esteve em contato com a família após as denúncias, tendo confessado o crime e pedido perdão.
Rebeca Lima
redacao@cidadeverde.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário