Delegada Lucivânia Vidal, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), instaurou inquérito para apurar o caso e depoimento das crianças será fundamental às investigações.
Crianças resgatadas em Teresina prestam depoimento à Polícia Civil — Foto: Lucas Marreiros/g1
As crianças resgatadas do sítio de uma tia, na Zona Rural Leste de Teresina, prestam depoimento à delegada Lucivânia Vidal, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), nesta quarta-feira (1º).
No local, seis das 12 crianças resgatadas estão acompanhadas do Conselho Tutelar e são ouvidas sobre as condições em que viviam no local. Os meninos e meninas sendo ouvidos têm idades entre 11 e 17 anos.
Não havia familiares acompanhando o depoimento, já que as crianças estão em um abrigo enquanto durarem as investigações.
Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA), em Teresina cumpriu mandado — Foto: TV Clube
Os depoimentos são fundamentais para a apuração de denúncias de que sofriam maus-tratos. Outras informações que polícia recebeu é de que os meninos e meninas estariam trabalhando em uma carvoaria. Até o momento, a polícia não informou o teor dos depoimentos prestados.
Resgate
A Polícia Civil do Piauí resgatou as 12 crianças na terça-feira (31). Segundo a delegada Lucivânia Vidal, participaram da ação as polícias Civil e Militar, além do Conselho Tutelar, a Gerência de Polícia Especializada e a Gerência de Direitos Humanos da Prefeitura de Teresina.
"Fizemos o cumprimento e resgatamos 12 crianças, com média de idade de oito anos, mas havia crianças de quatro e adolescentes de 16 anos de idade", informou a delegada ao g1.
O que os agentes flagraram no local foram as 12 crianças vivendo na casa com uma tia e sem informações sobre os pais, elas estavam vivendo com a mulher após um conflito de família. Todos são filhos de três irmãs que, conforme o gerente, estariam em disputa por uma herança.
Crianças resgatadas em Teresina prestam depoimento à Polícia Civil — Foto: Lucas Marreiros/g1
Quando chegaram ao local, segundo a Gerência de Direitos Humanos da Prefeitura d eTeresina, parte das crianças ainda estava dormindo e as demais estavam se preparando para ir à escola. Todas foram levadas para um abrigo após decisão da 1ª Vara da Infância e da Juventude de Teresina.
"Esse processo se arrasta desde 2017, portanto há cinco anos. Desde então o caso tem sido investigado, é um processo extenso. A investigação policial vai apurar exatamente o que aconteceu, mas a preocupação do momento era o zelo pelas crianças, tirar elas do local e garantir que elas estão bem", informou o gerente André Santos.
Enquanto durarem as investigações, as crianças ficarão em um abrigo na capital.
Fonte: Portal G1 PI
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