O ICMBio informou que há disponibilidade da utilização de R$ 440 mil para a elaboração de um projeto de recuperação da estrutura e reestabelecimento das atividades. Porém, ainda não há data para a realização do trabalho.
Centro Nacional de Pesquisa, Conservação e Manejo de Mamíferos Aquáticos, em Cajueiro da Praia — Foto: Reprodução /TV Clube
O Centro Nacional de Pesquisa, Conservação e Manejo de Mamíferos Aquáticos, no município de Cajueiro da Praia, a 353 km ao Norte de Teresina, está desativado. O local possuía a função de atuar na preservação do peixe-boi marinho, mamífero ameaçado de extinção, mas devido à precariedade da estrutura física do centro, as pesquisas estão impedidas de serem realizadas e o acervo do animal está em risco.
O Piauí abriga cerca de 70 animais, a maior população nativa de peixe-boi marinho do país. Eles ficam no estuário entre o Oceano Atlântico e o Rio Ubatuba, entre os estados do Piauí e Ceará, onde essa espécie procria, se alimenta e foge do risco de desaparecer.
Centro sucateado no Litoral do Piauí — Foto: Reprodução /TV Clube
Além disso, anteriormente, os pesquisadores faziam o monitoramento dos animais através de uma torre que, atualmente, não está funcionamento devido ao comprometimento da estrutura. Desde 2016, o trabalho não é realizado.
“Se você não monitora, não sabe a quantidade, não sabe o horário que ele passa, não sabe a quantidade da população, fica difícil você fazer uma estimativa ou qualquer outro plano de trabalho”, afirmou Adriano Damato, chefe da Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba (APA).
Peixe-boi é ameaçado de extinção — Foto: Reprodução /TV Clube
O projeto de preservação do peixe-boi é de responsabilidade do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O órgão informou que há disponibilidade da utilização de R$ 440 mil para a elaboração de um projeto de recuperação da estrutura e reestabelecimento das atividades. Porém, ainda não há data para a realização do trabalho.
Para a coordenadora da ONG Ilha Ativa, Lilianna Oliveira, que atua no monitoramento do peixe-boi há 15 anos, a ameaça a espécie afeta toda a natureza.
“É uma espécie muito importante para a região. Não só para o estuário Ubatuba, mas para o ecossistema inteiro. Perder um indivíduo de suma importância é um risco que a gente corre se a gente não tiver essa estrutura, para a gente fazer esse tipo de trabalho”, Lilianna.
Fonte: G1 PI