Até o momento, 219 casos da doença já foram confirmados no Brasil e nenhum no Piauí.
Foto: Irina Starikova/istock
A Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) informou, nesta segunda-feira (11), que descartou dois casos suspeitos de varíola do macaco que estavam em investigação no estado. De acordo com a Sesapi, os dois casos que haviam sido notificados foram analisados em laboratório e comprovada a positividade para síndrome mão-pé-boca e catapora. Até o momento, 219 casos da doença já foram confirmados no Brasil e nenhum no Piauí.
Mesmo com o descarte dos casos, a coordenadora de epidemiologia da Sesapi, Amélia Costa, chama a atenção para a importância de um diagnóstico diferencial para a confirmação ou descarte seguro do caso. Entre os sinais e sintomas da doença estão a febre súbita, aparição de adenomegalias na região das virilhas; braços ou atrás das orelhas, além de erupções cutâneas. A identificação precoce é essencial para que os casos não evoluam de maneira grave.
“Os sinais e sintomas podem remeter a outras patologias, sendo essencial a coleta de material para a análise laboratorial. Com a análise laboratorial do material colhido, as entidades de saúde podem ter a segurança apropriada para descartar ou confirmar os casos e tomar as medidas necessárias para a situação”, explica a coordenadora de epidemiologia da Sesapi.
As pessoas que apresentarem os sintomas da doença devem procurar as unidades de saúde do seu município para que sejam realizados exames clínicos, coleta e análise de material da pessoa para comprovar o diagnóstico.
“Seguindo o fluxo adequado, o paciente deverá ser isolado e colhido o material para análise. Material das bolhas que o individuo possui pelo corpo; exames de sangue e coleta de um swab da orofaringe para que os diagnósticos adequados sejam feitos. O material coletado será encaminhado para o Lacen e para o laboratório de referencia da Fiocruz no Rio de Janeiro”, explica Amélia Costa.
Outro ponto importante que a coordenadora apresenta é caso a pessoa esteja como caso suspeito, deve ser feito um rastreio dos contatos que ela teve, para verificar se algum deles veio de áreas onde a doença já é presente. Além de analisar o histórico de viagens, verificando se recentemente ela veio de algum outro país ou estado onde a doença já foi confirmada.
“É essencial essa identificação e que seja estabelecido um vinculo dos casos, para que as autoridades em saúde possam identificar corretamente por onde a doença está circulando. Aos profissionais de saúde é necessário destacar a importância de toda essa investigação, para a identificação e manejo correto dos casos, caso eles sejam positivos”, conclui a coordenadora.