Foto: Reprodução/Redes Sociais
Após 14 horas de júri popular, Jhonatan de Souza Silva e Elker Farias Veloso, foram condenados a 18 e 16 anos de prisão, respectivamente, pelo assassinato do corretor de veículos Fábio dos Santos Brasil Filho, em 31 de março de 2012. A sessão do Tribunal Popular do Júri que definiu a condenação foi encerrada por volta das 23h30 desta quinta-feira (25).
O julgamento foi presidido pelo juiz Antônio Nollêto, da 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri da Comarca de Teresina. O promotor Rômulo Cordão representou a acusação.
A única testemunha ouvida no julgamento, arrolada pela defesa dos réus, foi ouvida através de videoconferência de um presídio. As quatro testemunhas convocadas pelo Ministério Público não compareceram ao Tribunal.
“As pessoas com medo nenhuma compareceram ao plenário, as testemunhas arroladas pelo Ministério Público”, informou o promotor Rômulo Cordão.
Pelo crime foram indiciadas seis pessoas, mas ontem (25), foram julgados apenas Jhonatan de Sousa, autor dos disparos e Elker Farias que estava conduzindo o veículo que deu fuga a Jhonatan.
Os dois são os mesmos acusados que participaram do assassinato do jornalista Décio Sá no Maranhão, onde já foram julgados e condenados pelo crime. Jhonatan de Sousa também já foi condenado por outros 4 homicídios e é suspeito de matar mais de 40 pessoas
Julgados após 10 anos de cometerem o crime, os reús, que foram trazidos de presídios em outros estados, não esboçaram muitas reações diante das acusações.
Segundo o promotor Rômulo Cordão, que atua na acusação, os acusados faziam parte de grupo de agiotagem que tinham contratos com diversos municípios no Maranhão, onde fraudavam licitações. Fábio Brasil teria participado desse grupo, mas devido a um desentendimento, a morte dele teria sido encomendada.
O crime
Fábio Brasil foi assassinado em março de 2012 quando estava dentro de um veículo na Avenida Miguel Rosa. A dupla teria recebido R$ 100 mil pelo crime. Segundo a investigação, três semanas após o crime, essa mesma dupla matou o jornalista Décio Sá, que estava fazendo reportagens sobre contratos fraudulentos envolvendo esse grupo de agiotagem.
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Rebeca Lima
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